Motoristas se concentram em três estradas estaduais e cinco federais
Motoristas impedem passagem de veículos de carga | Foto: PRF / Divulgação / CP
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Correio do Povo e Rádio Guaíba
*Com informações do repórter Cristiano Soares
Ao menos oito estradas gaúchas registram, na manhã desta segunda-feira, protestos de caminhoneiros. De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), as manifestações ocorrem em três rodovias estaduais e cinco federais.
Na ERS 122, no km 68, mais de cem caminhoneiros participam da mobilização da categoria contra o governo federal. Este é considerado o ponto mais crítico do Estado, por conta do grande número de manifestantes e lentidão. Segundo o CRBM, não há bloqueio na via, mas há uma fila grande de caminhoneiros. A medida que os colegas passam, eles são abordados e convidados a aderirem à greve. O protesto ocorre entre as cidades de Farroupilha e Caxias do Sul, na Serra.
Na RSC 287 o bloqueia é no Km 104 em Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. No local, o bloqueio também é parcial. No trecho, apenas veículos pesados estão sendo abordados. Os caminhões com carregamento perecível estão sendo liberados, assim como os veículos de passeio.
Na BR 101, a mobilização é grande no Km 21, em Três Cachoeiras, no Litoral Norte. Ao menos cem caminhões estão no local. Segundo a PRF, já há registro de lentidão devido à curiosidade dos motoristas.
Em Vacaria e Camaquã, nos Campos de Cima da Serra e no Centro Sul, que são atendidas pela BR 116, os bloqueios ocorrem nos Kms 40 e 397. Nesta estrada houve, durante a madrugada, registro de violência durante a madrugada. Além disso, dois veículos foram apedrejados e fogo foi ateado à beira da rodovia.
Na BR 285 o bloqueio ocorre no Km 344, em Ijuí, no Planalto Médio. E na BR 386, em Soledade, Alto da Serra do Botucaraí. Já no Km 66 da BR 392 em Pelotas, no Sul do Estado, apenas a faixa lateral está sendo ocupada pelos caminhoneiros. No local, também há registro de lentidão no trânsito.
Segundo o Integrante da Comissão Nacional da Paralisação dos Caminhoneiros, Fábio Luis Roque, um dos objetivos da paralisação é pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Não existe negociação com governo 'pilantra'. Eles já disseram que não negociam com caminhoneiros, já aumentaram duas vezes o preço do diesel. A solução é o impeachment ou a renúncia. Daí, sim, nós vamos entregar a pauta de reivindicações que foi apresentada em fevereiro para ser resolvida”, disse Roque.
Além disso, Roque negou que o movimento seja influenciado por partidos políticos. “Eu pago a minha gasolina. Hoje eu tenho uma pequena empresa, antes eu tinha três caminhões, agora tenho um. Eu não sou bancado por ninguém, e eu jamais vou aceitar ser bancado por político”, concluiu.
De acordo com o Roque, estão parados caminhões que transportam carga seca, como perfumes, roupas, feijão, soja, milho, trigo, frutas e verduras, combustível, argamassa. Os caminhões com ração para suíno, leite a granel, remédios, oxigênio e alimentos para hospital e transporte de lixo circulam normalmente.
Confira a lista
• ERS 122 – Km 68 – entre as cidades de Farroupilha e Caxias do Sul
• RSC 287 – Km 104 – Santa Cruz do Sul
• ERS 344 – Km 104 – Entre Ijuís
• BR 101 – Km 21 – Três Cachoeiras
• BR 116 – Km 40 e 397 – Vacaria e Camaquã
• BR 285 – Kms 273, 337 e 344 – Mato Castelhano, Carazinho e Ijuí
• BR 386 – Km 5 – Soledade
• BR 392 – Km 66 – Pelotas
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