Lamachia
defendeu o aprimoramento da democracia – Foto: Itamar
Aguiar
Os
81 conselheiros nacionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vão definir, em
reunião extraordinária nos próximos dias, a posição da entidade quanto ao
impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. Com pouco mais de 40
dias à frente da presidência nacional da OAB, Claudio Lamachia conduziu decisões
importantes e antecipou que na sessão do Pleno serão avaliados os conteúdos das
últimas delações premiadas que citam integrantes do governo e oposição para após
ser oficializada posição técnica da entidade. “Temos agido com celeridade e
nossas opiniões são claras com relação aos últimos acontecimentos. Nossa luta é
pelo aprimoramento da democracia e defesa da Constituição Federal”, afirmou
Lamachia, durante a sua palestra no “Tá na Mesa”, da Federasul, nesta
quarta-feira (16/03).
Com
a intenção de ampliar o debate e reafirmar o compromisso com os mais de 1 milhão
de advogados, a Ordem orientou as Seccionais para que ampliassem o debate sobre
o impeachment. “Temos um colegiado e as decisões do Pleno buscam ouvir a todos
de forma democrática”, explicou o presidente ao avaliar que o momento político
no Brasil é de apreensão e classificou que os fatos postos são gravíssimos e um
verdadeiro atentado às instituições e ao Estado.
Até
o momento, o que existe de concreto é a posição da OAB sobre a permanência de
Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados. “Defendemos o afastamento
imediato. A sua permanência é um deboche à sociedade brasileira”, qualificou
Lamachia, ao criticar também o fato de um senador preso tentar usar a tribuna do
Senado Federal para fazer a sua defesa. “Isso não é admissível, não é aceitável.
É um desrespeito”, sentenciou.
A
recente trajetória de Lamachia na presidência da entidade também está marcada
pelo pedido feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que sejam tornados
públicos os conteúdos das delações premiadas. “A sociedade precisa saber dos
fatos para tomar as suas decisões políticas”, considerou ao falar que, apesar do
país estar dividido, é preciso reconduzir a política nacional para que a
população saia da zona de confronto e passe para uma fase de encontro com o
verdadeiro Brasil.
Outra
frente de atuação da OAB Nacional é a campanha contra a recriação da CPMF e a
defesa da redução da carga tributária. “”Além de ser um desrespeito com o
contribuinte está equivocada a ideia de buscar no bolso do cidadão a correção de
problemas que não foram criados pela sociedade”, concluiu.
Imprensa Federasul
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