Inter deve abrir investigação interna após casos de doping | Foto: Alexandre Lops / Inter / Divulgação / CP Memória
Correio do Povo e Rádio Guaíba
O caso de doping envolvendo Nilton e Wellington mexeu com os bastidores do Inter. Preocupado com a possibilidade de encontrar outros atletas com as mesmas substâncias - hidroclorotiazida e clorotiazida -, o clube deve abrir nos próximos dias uma investigação interna liderada pela diretoria e departamento médico para descobrir como os compostos chegaram aos jogadores.
O advogado do Inter Rogério Pastl declarou que, "por enquanto", o Inter não corre risco de punição, mas isso pode mudar se mais jogadores apresentarem o mesmo problema. Nilton e Wellington foram suspensos preventivamente por 30 dias pela CBF e podem pegar uma punição de dois anos caso o processo chegue à Corte Arbitral do Esporte e os juízes optem pela condenação.
O auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) Décio Neuhaus lamentou o episódio e comentou, em entrevista à Rádio Guaíba nesta terça, que a jurisprudência em casos como este é muito pesada. "A pena prevista é de dois anos. Até o Código de Dopagem discute uma punição de quatro anos, mas eu até acho isso um exagero, por se tratar de um esporte coletivo. O Inter tem cinco dias para apresentar a defesa prévia. O que eu penso é que existe uma falha no controle do doping, justamente por não ter o costume de punir os clubes. Não falo apenas no caso do Inter", afirmou.
Nenhuma das duas substância flagradas nos testes antidoping realizados por Nilton e Wellington Martins aumenta o rendimento esportivo de atletas do Inter. No entanto, elas podem ser usadas para a perda de peso e também para mascarar a utilização de outras substâncias proibidas pela Agência Mundial de Antidoping, como esteroides anabolizantes. Os exames, inclusive as contraprovas, foram realizados pela UCLA Olympic Analytical Laboratory nos Estados Unidos.
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