terça-feira, 20 de outubro de 2015

Hidrovias gaúchas têm condições de atender triplo da capacidade atual



A proposta de emendas em conjunto entre as Comissões de Assuntos Municipais e de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Gaúcha para dragagem e sinalização dos rios gaúchos, em especial no Jacuí, foi sugerida pelo deputado Adolfo Brito (PP) como uma das saídas para a implementação de portos e terminais hidroviários no Estado. A indicação foi um dos encaminhamentos da audiência pública sobre os portos de Cachoeira do Sul e Rio Pardo realizada na manhã desta terça-feira (20), no Plenarinho da ALRS.


Conforme Brito, na oportunidade, autoridades estaduais, lideranças municipais e representantes de diversos setores da economia apresentaram os planos para a implantação do transporte fluvial, tanto de cargas quanto de passageiros, bem como as dificuldades causadas pelos entraves burocráticos e a necessidade de uma agenda permanente de discussão sobre as hidrovias.



Segundo o parlamentar, o investimento de R$ 25 milhões para dragagem em hidrovias seria o suficiente para garantir a utilização do sistema hidroviário do Estado, que tem em torno de 758 km de extensão, o que determinaria, posteriormente, condições para ampliar a capacidade dos portos e atender até três vezes mais cargas. No entanto, devido à falta de recursos do governo, seriam necessárias parcerias público-privadas a fim de auxiliar no incremento do setor.


Enquanto presidente da Comissão de Agricultura, o deputado Adolfo Brito, que também integra a Comissão de Assuntos Municipais e propôs a audiência, apontou que o terminais no interior formam um corredor de exportação entre a Região de Produção de Grãos (soja, milho, trigo, feijão, arroz), de hortifrutigranjeiros, de tabaco, e pode propiciar o transporte de adubos, calcário e defensivos agrícolas. “Cachoeira do Sul, por exemplo, produz sozinha 140 mil hectares de soja. Quanto à produção de tabaco, cuja principal região produtora é a Central, cerca de 90% pode ser transportada via contêineres e, hoje, está nas rodovias”, disse. Uma barcaça equivale a 80 cargas de caminhões, que poderiam fazer a ligação entre os portos, em trajetos menores, informou.




“Com certeza, realizamos uma excelente discussão para o Rio Grande do Sul, com o objetivo de viabilizar um dos transportes mais baratos e seguros, e gerar maior renda e infraestrutura em diferentes modais não só aos produtores rurais, mas a todos os setores da economia”, finalizou Brito.


Texto Rafaela Redin
Fotos Divulgação



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