sexta-feira, 12 de junho de 2015

Um ano depois da Copa, oito dos 12 estádios têm prejuízo



Passado exatamente um ano da abertura da Copa do Mundo no Brasil, os estádios, anunciados como o principal legado esportivo para o país, se tornaram uma dor de cabeça para clubes, governos e concessionárias.

Oito dos 12 estádios construídos ou reformados para o Mundial são deficitários. Acumularam em 2014 prejuízo superior a R$ 126 milhões. Disputa para sediar Copa do Mundo de 2026 será adiada, diz Fifa David Luiz vê preparação de Dunga diferente da de Felipão na Copa Uno e novela afastam estresse da seleção feminina antes da Copa Ex­Fifa relata suborno na escolha de sedes das Copas de 1998 e 2010


Levantamento realizado pela reportagem da Folha aponta que Arena da Baixada (PR), Arena Pernambuco, Arena Pantanal (MT) e Maracanã fecharam o ano de 2014 no vermelho. Também ficaram no prejuízo Fonte Nova (BA), Mané Garrincha (DF), Arena da Amazônia e Castelão (CE). E os oito estádios seguem com dificuldades para se viabilizar financeiramente. Só Itaquerão, Mineirão, Beira­Rio e Arena das Dunas tiveram lucro.

A arena corintiana, porém, ainda não começou a ser paga. O estádio com a situação mais crítica é o Maracanã, que registrou R$ 77,2 milhões de prejuízo em 2014 –no ano anterior, primeira temporada após a reforma, o rombo foi de R$ 48,3 milhões. Segundo especialistas, uma equação envolvendo a baixa qualidade dos jogos, os horários das partidas (muitas vezes, às 22h) e o alto custo de operação dos equipamentos modernos do estádios explica esse deficit.

No Estadual do Rio de 2014, o prejuízo do Maracanã foi de R$ 6 milhões. "A viabilidade das arenas depende da qualidade do espetáculo que queremos no Brasil", afirma Denio Cidreira, diretor da Odebrecht Properties, empresa que participa da gestão do Maracanã e também da Fonte Nova e da Arena Pernambuco, outros dois estádios deficitários da Copa: tiveram prejuízo de R$ 15,6 milhões e R$ 24,4 milhões respectivamente.


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