Morre em Porto Alegre o escritor e jornalista Carlos Urbim
Ele morreu no Hospital Mãe de Deus aos 67 anos
Carlos Urbim morreu nesta sexta-feira, aos 67 anos
Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS
Morreu na manhã desta sexta-feira, aos 67 anos, o escritor e jornalista gaúcho Carlos Urbim. Ele estava internado no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, onde se recuperava de um aneurisma. Ele foi submetido a uma cirurgia, mas não resistiu. As informações são do jornal Zero Hora.
Carlos Marino Silva Urbim nasceu em Santana do Livramento em 4 de fevereiro de 1948. Por lá, distraía-se com brincadeiras de rua como carrinho de lomba e pipas - atividades que mais tarde iriam parar em seus livros. Também arranjava pequenos trabalhos para ganhar trocados.
Mudou-se para Porto Alegre aos 18 anos, onde ingressou na faculdade de jornalismo da UFRGS. Começou a trabalhar com jornalismo em 1969, passando por redações de diversos veículos, entre eles Diários Associados, Folha da Manhã, Istoé, Diário do Sul. Em Zero Hora foi durante 10 anos editor de cadernos como Revista ZH, Caderno de Cultura e Segundo Caderno. Na RBS TV, foi editor no Departamento de Multimídia de História da Rede Brasil Sul, onde pesquisou e redigiu mais de uma centena de programetes sobre a história do Rio Grande exibidos pela RBS/TV nas séries Rio Grande do Sul: Um século de História, Os Farrapos e A Ferro e Fogo. Atuou em rádio e foi diretor da rádio da UFRGS por duas vezes.
Também lecionou redação jornalística na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), onde conheceu a aluna Alice, que se tornaria sua esposa e passaria a usar seu sobrenome.
Quando tornou-se pai de dois meninos, Carlos Urbim passou a seguir a rotina de chegar em casa e contar histórias aos dois. Foi assim que despertou para a literatura infantil. O primeiro livro, "Um guri daltônico" (editora Tchê!, 1984), já foi um sucesso junto ao público.
Seus títulos publicados incluem Patropi, a Pandorguinha (Tchê, 1985), Dinossauro Birutices (Tchê!, 1986), Uma Graça de Traça (Tchê!, 1987), Caderno de Temas (Sulina, 1990), Diário de um Guri (Projeto, 1992), Dona Juana (Projeto, 1993), Saco de Brinquedos (Diploma de Altamente Recomendável da Fundação Nacional do Livro Infanto-Juvenil em 1997, Editora Projeto, 1997), Goma Arábica (Prêmio O Sul-Nacional categoria infantil em 2004, editora Escritos, 2004), Bolacha Maria (Troféu de livro infantil do ano de 2006 da Associação Gaúcha de Escritores - WS Editor, 2005), Rio Grande do Sul - Um Século de História, Os Farrapos (RBS Publicações, 2001), Álbum de Figurinhas (AGE, 2002) e Morro Reuter de A a Z (2003), O Negrinho do Pastoreio e Outras Lendas Gaúchas (RBS Publicações, 2005), Piá Farroupilha (RBS Publicações, 2005).
Em 2008, Urbim ingressou na Academia Rio-Grandense de Letras, onde ocupou a cadeira de nº 40. Em 2009, ano em que completou 25 anos de sua estreia na literatura, Urbim foi eleito patrono da Feira do Livro de Porto Alegre. Um dos poucos reconhecidos principalmente por sua obra infantil e juvenil a ocupar o "cargo", Urbim faria jus a sua obra desempenhando o papel de "patrono das crianças". Também foi patrono da Feira do Livro de Caxias, em 2003, e da Feira do Livro de Passo Fundo, em 2012.
Deixa a mulher, Alice, e dois filhos.
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