terça-feira, 13 de maio de 2014

A 30 dias da Copa, país cumpriu só 41% das metas previstas

A 30 dias da Copa, país cumpriu só 41% das metas previstas

A 30 dias da Copa, metade das metas não foi cumprida
Maioria das intervenções não está pronta ou ficará para depois do Mundial
Mobilidade urbana foi setor que mais teve atrasos; governo atribui problemas à burocracia e à alteração de projetos


A 30 dias do início da Copa do Mundo, o país concluiu menos da metade daquilo que se comprometeu a fazer para o Mundial.

De 167 intervenções anunciadas, apenas 68 estão prontas, ou 41%. Outras 88 (53%) ainda estão incompletas ou ficarão para depois da Copa.

Onze obras foram abandonadas e não sairão do papel.

Nas últimas duas semanas, a Folha listou e checou o andamento de todas as ações que constam da chamada "matriz de responsabilidades", documento no qual o Brasil lista o que pretende fazer para a Copa.

A primeira versão da matriz é de 2010 e sofreu atualizações depois.

O setor mais beneficiado na ocasião foi a mobilidade urbana, para facilitar o deslocamento dos turistas nas cidades-sede. Só que, às vésperas da Copa, apenas 10% das obras estão concluídas --a maior parte está incompleta.

Burocracia e alterações de projetos são as justificativas mais recorrentes dos governos para explicar a situação.

A ausência de projetos de mobilidade é uma queixa comum da população e foi a principal motivação dos protestos do ano passado.

Os turistas que forem a Cuiabá, por exemplo, não terão o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), que liga o aeroporto ao centro.

Problemas com licenciamento e desapropriação fizeram a obra ficar para depois.

Aconteceu o mesmo em Manaus, onde jogarão Inglaterra, Itália, Portugal e EUA.

ESTÁDIOS

Alvo de cobranças constantes da Fifa quanto aos prazos, os estádios que abrigarão as partidas também entram na conta do atraso.

Três dos 12 ainda carecem de ajustes. O Itaquerão (SP) não tem todos os telões e os camarotes estão sendo finalizados; a Arena da Baixada (Curitiba) não foi entregue; na Arena Pantanal (Cuiabá) falta instalar cadeiras.

Entre as cidades-sede, Curitiba é a em que, proporcionalmente, há mais obras incompletas. A maioria é de transporte, como um corredor rápido de ônibus entre o aeroporto e a cidade; houve atrasos no pagamento e as empresas rescindiram contratos para executar a obra.

Em São Paulo, a maioria das ações foi concluída. Mas não está finalizado o acesso viário ao Itaquerão, onde será a abertura da Copa, em 12 de junho. Até lá tudo estará pronto, segundo o governo.

Nos aeroportos, a concessão à iniciativa privada dos terminais de Guarulhos, Viracopos e Brasília ajudou o governo a levar ampliações adiante. Ainda assim, Viracopos descumpriu prazo para ficar pronto.

Guarulhos entregou o novo terminal, mas não a tempo de ele ser usado por boa parte dos turistas que chegará por lá --por falta de tempo, a maior parte das companhias aéreas continuará a usar os terminais antigos.

Matéria completa na Folha de São Paulo.

13 de maio de 2014
FOLHA DE SÃO PAULO
De São Paulo
Com colaborações em BRASÍLIA, RECIFE, RIO, CAMPINAS, FORTALEZA, CURITIBA, SALVADOR, MANAUS E BELO HORIZONTE

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