Pactos de Dilma em resposta aos protestos de junho não avançam
De todos eles -saúde, reforma política, responsabilidade fiscal, educação e mobilidade urbana- apenas o Mais Médicos, fruto do pacto pela saúde, saiu do papel.
A medida já vinha sendo planejada pouco antes das manifestações. São hoje 9.500 médicos atuando no programa, dos quais cerca de 7.400 são cubanos.
Já a reforma política é o principal fracasso do governo. O pacto previa um plebiscito sobre temas como financiamento de campanha, voto secreto no Legislativo e mudanças nas eleições.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Não houve tempo para viabilizar as mudanças antes das eleições deste ano. A proposta perdeu força e não há perspectiva de que o Congresso volte ao tema em 2014.
Quanto ao pacto pela mobilidade urbana, Dilma casou duas estratégias: anunciou investimentos e pediu reuniões de acompanhamento das tarifas nas capitais.
Segundo o Planalto, já foram investidos R$ 143 bilhões na área desde então. Os resultados, porém, só devem ser sentidos a partir de 2015.
Quanto às reuniões de acompanhamento, foram poucos os resultados. Coube à Frente Nacional dos Prefeitos orientar a abertura das planilhas de transporte nas cidades, mas várias já aprovaram reajustes neste ano.
O pacto pela educação foi pautado pela aprovação do repasse de parte dos royalties do petróleo. No ano passado, eram estimados R$ 770 milhões. Em setembro, o então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que o dinheiro terá efeito mais concreto em "seis ou sete anos".
Mesmo defendendo a austeridade, Dilma não conseguiu passar a imagem de robustez fiscal. A presidente precisou ir a Davos, na Suíça, em janeiro, afirmar que as despesas do governo estão "sob controle" e que houve "melhora das contas públicas". (Folha de São Paulo)
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