segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

ARI acusa governo de omissão à violência em manifestações

ARI acusa governo de omissão à violência em manifestações


Entidade afirma que inação permitirá que se passe a suspeitar de incompetência ou de conivência

Entidades ligadas à Comunicação do Rio Grande do Sul manifestaram-se para exigir a punição de responsáveis pela morte do cinegrafista do Grupo Bandeirantes Santiago Andrade, confirmada nesta segunda-feira, 11. Em nota oficial, a Associação Riograndense de Imprensa (ARI) afirmou que não se trata de um caso isolado. A entidade afirma de modo contundente que o episódio aponta para “um novo patamar na escalada da violência urbana, à qual as autoridades constituídas apenas assistem, omissas, ou, agindo, falham em seu dever constitucional de preservar a lei e a ordem”.

Ao reiterar a necessidade de agilidade na apuração e punição de responsáveis, a associação afirma que a sociedade “não pode ser refém da barbárie urbana proveniente de parcela cada vez mais agressiva de seus membros que são incapazes de buscar o entendimento pelo diálogo”. E acrescenta: “Espera, de quem recebeu a delegação de garantir a sua segurança, o cumprimento de tal missão. A inação permitirá que se passe a suspeitar de incompetência ou, até, de conivência”.


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado (SindJors) também solicitou às autoridades rigor nas investigações. "Esperamos que os fatos sejam apurados e os envolvidos respondam pelo ato, sem que isso impeça as manifestações realizadas no País”, declara o presidente Milton Simas, em nota publicada no site da entidade. Já a Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio Grande do Sul (Arfoc-RS) decretou luto oficial de cinco dias. A entidade afirma que “espera que as autoridades competentes e os veículos de imagem tomem medidas para que fatalidades como essa não se repitam com tanta frequência”.


NOTA OFICIAL ARI


Poderes públicos não podem ficar inermes ante a barbárie urbana

A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) manifesta sua solidariedade à família, amigos e colegas de trabalho do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, da Rede Bandeirantes, vítima de criminosa ação que ultrapassou qualquer limite tolerável do direito de manifestação. A morte do profissional em serviço não foi um fato isolado, mas um novo patamar na escalada da violência urbana à qual as autoridades constituídas apenas assistem, omissas, ou, agindo, falham em seu dever constitucional de preservar a lei e a ordem.

A sociedade não pode ser refém da barbárie urbana proveniente de parcela cada vez mais agressiva de seus membros que são incapazes de buscar o entendimento pelo diálogo. Espera, de quem recebeu a delegação de garantir a sua segurança, o cumprimento de tal missão. A inação permitirá que se passe a suspeitar de incompetência ou, até, de conivência.

A ARI reitera a necessidade de agilidade na punição do atentado contra Santiago Ilídio Andrade e ressalta a importância, em vista do crescente número de ocorrências – agressões e mortes – sofridas por jornalistas, da campanha da FENAJ pela federalização dos crimes contra os profissionais da Imprensa. O fator proximidade, nos âmbitos municipal e estadual, constitui incentivo para a omissão e a impunidade em face da forte incidência de pressões espúrias sobre as autoridades locais.


Ercy Pereira Torma
Presidente do Conselho Deliberativo

Mário Villas-Bôas da Rocha
Presidente em exercício da Diretoria Executiva

(Coletiva.Net) 

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