Acusado do assassinato jornalista foge, sequestra e é recapturado
Júnior Bolinha teve fuga facilitada por policial e guarda neste sábado (21).
Ele estava preso na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos em São Luís,

ção de assassino (Foto: De Jesus/O Estado)
A delegada geral da Polícia Civil, Cristina Resende, contou, em entrevista à Rádio Mirante AM, que a polícia estava monitorando as ações do acusado após descobrir que ele tinha marcado um encontro com um empresário para cobrar R$ 180.000,00.
"Estávamos monitorando as condutas dele e das pessoas que o rodeiam. Estava havendo uma ameaça a um empresário que devia uma quantia em dinheiro a ele por parte do próprio Bolinha, por parte do advogado e de parentes dele", explicou.
Segundo Resende, Júnior Bolinha teve a fuga facilitada pelo policial civil José Ribamar da Conceição Martins, que deveria estar de plantão na delegacia, mas não estava, e pelo guarda Edinaldo Cruz da Silva, que estava de plantão na unidade e confessou ter recebido R$ 150,00 para liberar o preso. Os dois foram presos e autuados por corrupção passiva.

Resende (Foto: Flora Dolores/O Estado)
Após intensa perseguição, Júnior Bolinha se rendeu. Ele foi preso, autuado por sequestro e corrupção ativa e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
"Ele já havia saído. Nós não detectamos, mas havia notícia. Justamente, por causa disso, estávamos monitorando a conduta dele e de pessoas que o rodeiam, parentes, advogados. Quero dizer que a Polícia Civil do Maranhão não compactua com qualquer tipo de corrupção ou falta disciplinar ou crime que possa ser praticado dentro da corporação. Nós, imediatamente, tomamos todas as providências de modo a resguardar que o bom policial tenha o seu nome limpo diante da sociedade. Quando detectamos essas condutas, imediatamente, tomamos todas as providências legais", avisou Resende.
Entenda
Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, é um dos 12 acusados de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá. Segundo o inquérito policial, ele teria intermediado a contratação do pistoleiro Jhonathan de Sousa Silva pelos mandantes Gláucio Alencar e seu pai, José Miranda.
Décio Sá foi morto com cinco tiros quando estava em um bar, na Av. Litorânea, em São Luís, por volta das 23h do dia 23 de abril do ano passado. O jornalista trabalhava na editoria de política do jornal O Estado do Maranhão e era responsável pelo Blog do Décio.
Segundo a polícia, Décio foi morto porque teria publicado em seu blog informações sobre o assassinato do empresário Fábio Brasil, envolvido em uma trama de pistolagem com os integrantes de uma quadrilha supostamente encabeçada por Glaucio Alencar e José Miranda, suspeitos também de praticar agiotagem junto a mais de 40 prefeituras no Estado
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