FANTASMAS - JULGUE VOCÊ.
Os lugares assombrados existem desde o início da historia da
humanidade, já referenciados na
mitologia babilónica, grega e romana, que atribuíam a estas anomalias
"espíritos" a seres fantásticos ou génios a que chamavam de trasgos,
gnomos, dimmus, lâmias, duendes, etc., conforme a civilização em que estes
fenómenos se produziam.
Na Europa pré-cristã, entre os pagãos, os fantasmas já
assombravam as populações bárbaras e tal como em todo o mundo eram, de
maneira geral, considerados como
desordens da natureza, um desvio das almas que permaneciam no mundo dos vivos
quando deveriam estar em seu próprio universo e, na terra, eram responsáveis
por toda espécie de males.
Tal como em outras nações, os rituais mais primitivos
consistiam em sacrifícios e cerimónias que procuravam aplacar os rancores e as
mágoas das almas penadas. O cristianismo trouxe a associação dos fantasmas com
o diabo e logo foram incluídos entre os fenómenos infernais.
No século X (ano 900), a Igreja já se tinha encarregado de
definir que os espíritos bons iam para o céu ou para o purgatório enquanto os
maus, naturalmente, deveriam estar no inferno. O fenómeno da possessão não era
atribuído somente aos servos de Satanás, íncubos e súcubos mas, também, como a
tentativa de um fantasma voltar à vida apropriando-se do corpo de outrem. Na
mente do povo, consolidou-se a ideia de que o mundo sobrenatural era dominado
pelos espíritos dos santos católicos e pelos espíritos errantes, os fantasmas,
tanto quanto pelos anjos e demónios.
O facto de alguém se tornar um fantasma depunha contra a sua
vida e a sua morte suscitando comentários desabonadores sobre o morto ou sobre
membros da sua família posto que a condição fantasmagórica devia ter uma causa
que somente poderia se enquadrar em circunstâncias específicas. Excepto pelo
puro inconformismo do defunto, que poderia ter morrido de repente, ainda
apegado aos seus amores e outros afectos, o fantasma deveria ter sofrido vida
e/ou morte "cruel": teria sido profundamente infeliz, guardava mágoas
a pessoas próximas, fora assassinado ou suicidara-se.
No ambiente puritano do cristianismo medieval essas
suspeitas constituíam mancha vergonhosa na reputação dos envolvidos.
Ao entrar na nossa era e com a implantação do cristianismo
modificaram-se os padrões ideológicos e atribuíram-se estes fenómenos a almas e
a espíritos que expiavam as suas penas.
A crença nestes espíritos chegou a ser tão generalizada que,
inclusive acabaram por considerar que eram espíritos «ruidosos» ou
«brincalhões» os responsáveis pelas assombrações dos lugares.
DEFINIÇÕES
Poltergeist: A sua terminologia deriva do vocábulo Alemão
que significa «duende brincalhão», este nome foi atribuído a todos os fenómenos que se produzam em recintos concretos:
deslocação de objectos, barulhos, luzes que se apagam e acendem sozinhas,
espelhos e cristais que se partem, aparelhos eléctricos que se ligam e desligam, etc.
Fantasmas espíritas: Este fenómeno de aparição é baseada na
tese espírita da sobrevivência do espírito depois da morte física. No caso de
mortes traumáticas, o perispírito - elemento de união entre o espírito e o
corpo - aparece perante as pessoas queridas para anunciar a sua morte ou
despedir-se delas.
Fantasmas ectoplasmáticos:
Sob este nome conhece-se a libertação de energia biótica somatizada do
corpo físico de um paragnosta, expulsa pelos orifícios orgânicos: nariz, boca e
inclusive umbigo .
Fantasmas energéticos: A terceira via de aparições fantasmagóricas
é o produto de uma infestação psi que tem como resultado a captação, por
percepção sensorial, de um ente energético, objectivado em formas plásticas no
espaço exterior e que, por algum motivo, continua presente num determinado
lugar da casa.
Fantasmas telepáticos: A quarta via de manifestações das
aparições dá-se através da percepção sensorial directa ou então de forma
extra-sensorial. (por exemplo: uma mãe sente a presença do seu filho, cuja
imagem aparece diante dela efectuando um determinado acto quotidiano, quando,
na realidade, o filho está fisicamente muito longe dali. Invade-a uma grande
tristeza e não sabe porque. Entretanto, o filho sofre um grave acidente ou
morre longe da sua casa.
A sua presença manifestou-se para se despedir dos seus entes
mais queridos.) Nestes casos trata-se de uma aparição critica.
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