A suspeita, presa em 31 de dezembro pela polícia, também apela às autoridades gregas para cuidar da filha do casal, de 10 anos
Por Da redação
A mulher do embaixador grego, Françoise Amiridis, chega para prestar depoimento na Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense - 30/12/2016 (Fabiano Rocha/Extra/Agência o Globo)
A viúva do embaixador da Grécia no Brasil, apontada pela polícia como a instigadora do assassinato no final de dezembro de seu marido, alega sua inocência em uma carta divulgada nesta quarta-feira pelo jornal grego Ethnos.
“Eu me declaro inocente diante do povo grego, sendo vítima de uma investigação policial precipitada e injusta”, escreve Françoise de Souza Oliveira na referida carta, dirigida à embaixada da Grécia no Brasil e cujos trechos foram reproduzidos pelo jornal Ethnos.
A suspeita, presa em 31 de dezembro pela polícia, também apela às autoridades gregas para cuidar da filha do casal, de 10 anos, provisoriamente confiada a uma amiga da família.
A mulher de 40 anos é acusada pela polícia carioca de planejar o assassinato de seu marido, Kyriakos Amiridis, de 59 anos, com Sérgio Gomes Moreira, um policial militar de 29 anos apresentado como seu amante e executor do crime.
De acordo com a polícia, a dupla articulou este “crime passional” com a ajuda de um primo do amante, Eduardo Moreira de Melo, de 24 anos, também preso.
Segundo os investigadores, Françoise prometeu 80.000 reais ao primo do amante pela ajuda no crime.
O caso começou quando a esposa do embaixador relatou à polícia o desaparecimento do mesmo, enquanto o casal passava alguns dias de férias em sua residência em Nova Iguaçu.
As declarações da mulher despertaram a atenção da polícia, principalmente depois que o corpo “completamente carbonizado” do embaixador foi encontrado no veículo alugado pelo próprio.
De acordo com a polícia, o diplomata teria tentando se defender antes de ser morto com um tiro disparado por uma arma identificada como pertencente ao arsenal da embaixada.
(Com AFP)
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