Os sindicatos brasileiros sempre foram dominados por oportunistas amorais
O GLOBO está de parabéns. Inicia hoje uma série de reportagens sobre os sindicatos brasileiros, e começa bem, com uma matéria de capa, mostrando como algumas lideranças sindicais estão no poder há décadas, controlando como feudos as entidades que deveriam existir para ajudar seus trabalhadores filiados:
Dados do Ministério do Trabalho apontam que havia, em 2014, ao menos 8.518 sindicalistas, incluindo cargos de presidente e diretores em geral, com mais de dez anos de mandato — no Poder Executivo só podem ficar oito anos no cargo. O número pode ser maior, pois falta transparência e uma série de entidades não fornece seus dados. Mais de 25 anos após a Constituição ter avançado para garantir a liberdade sindical, fundamental para lutas e conquistas dos trabalhadores, lacunas como a falta de transparência, fiscalização frouxa e a pouca representatividade deixam um caminho aberto para os abusos. Algumas centrais sindicais já reconhecem que é necessário pensar em novas normas. O próprio Supremo Tribunal Federal (STF) indica que as entidades não tem salvo-conduto e precisam ser fiscalizadas.
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Há casos também de enriquecimento ilícito e desvios de sindicatos, que muitas vezes são verdadeiras máquinas de ganhar dinheiro. Isso num universo de 10.620 entidades por onde, no ano passado, circularam R$ 3,18 bilhões apenas de Contribuição Sindical — o chamado Imposto Sindical — obtida com um dia de salário de todos os trabalhadores com carteira assinada.
— Infelizmente, apenas uns 30% das entidades sindicais são sérias, e as demais têm uma série de problemas. Defendem melhorias, mas fazem coisas erradas. São contraditórias, incoerentes — afirma Marco Ribeiro, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Sindicais de Niterói e São Gonçalo (Sintesnit), cuja própria existência reforça os problemas do setor sindical.
Já cansei de bater aqui no sindicalismo nacional, nesses verdadeiros antros de pelegos que fingem falar em nome dos trabalhadores enquanto apenas concentram privilégios para seus líderes. Nossos sindicatos são ambientes perfeitos para oportunistas amorais como Lula, que os utilizam apenas como trampolim para suas ambições pessoais de poder e enriquecimento.
E tudo isso bancado pelo indecente “imposto sindical”. Ou seja, os sindicatos supostamente existem para beneficiar os trabalhadores, mas não podem contar com adesões e contribuições voluntárias deles, pois os próprios não saberiam valorizar tudo aquilo que os sindicatos fazem por eles. É uma piada de mau gosto!
Se o Brasil pretende um dia se tornar um país sério e desenvolvido, terá de enfrentar esse enorme obstáculo que são os sindicalistas pelegos. Tais sindicatos, dominados muitas vezes por criminosos, são máquinas de reprodução da mensagem marxista de “exploradores” e “explorados”, pois tal narrativa serve como desculpa para concentrarem mais poder e verbas públicas.
Mas quem realmente explora os trabalhadores não é o capitalismo, ou os empresários que criam riquezas e empregos, e sim os próprios sindicatos em conluio com o governo. Ironicamente, esses sindicalistas poderosos e os governantes de esquerda acusam os capitalistas de “fascistas”, ignorando que o fascismo italiano era exatamente o conchavo entre sindicatos, governos poderosos e grandes grupos empresariais “amigos do rei”. Soa familiar?
Rodrigo Constantino
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