Palácios
defende maior transparência nas receitas e despesas – Foto: Ivan Andrade
Um
novo modelo de divulgação de receitas e despesas vai garantir mais transparência
na prestação de contas. A elaboração do instrumento, segundo o presidente do
Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, Antônio Palácios,
promete simplificar a leitura dos números, podendo ser utilizado tanto pelas
empresas públicas quanto privadas na divulgação dos balanços. No “Tá na Mesa” da
Federasul, nesta quarta-feira (08/06), Palácios defendeu a clareza nas
informações sobre a origem dos recursos e aplicação das riquezas. “As pessoas
precisam ter uma participação mais ativa e cobrarem as informações”,
pontuou.
O
novo modelo, provavelmente, vai valer para o exercício de 2017 e que serão
publicados somente em 2018. “Às vezes parece difícil a leitura dos números para
aqueles que não possuem proximidade com a área”, reconheceu Palácios ao
argumentar que o novo formulário vai facilitar a compreensão.
Ao
ressaltar a importância da cultura da transparência, Palácios também destacou a
função dos observatórios, espaços compostos por representantes da sociedade
civil que possuem a missão de controlar os gastos públicos. “No Rio Grande do
Sul contamos com oito órgãos em atuação e 107 no Brasil”. Já na iniciativa
privada, ele informou que das mais de 5 milhões de empresas brasileiras, pouco
menos de 700 publicam seus balanços. “Estas empresas também deveriam ter a
obrigação de demonstrar receitas e despesas a população”, comentou ao frisar que
a prática já acontece na Holanda, Reino Unido e Estados
Unidos.
Para
o presidente do CRC/RS somente com a participação e avaliação da sociedade é
garantida a eficiência das ações dos administradores das companhias. “Precisamos
socializar essas informações”, reforçou o presidente. Para ele, a Lei de Acesso
à Informação deve amadurecer no Brasil, apesar de todo o esforço feito pelos
órgãos de fiscalização. “As pessoas devem saber onde estão essas informações.
Esse é um direito de todos”.
Também
está no universo de atuação do CRC/RS o incentivo a destinação de parte do
Imposto de Renda, de pessoas físicas e jurídicas, para o Fundo da Criança e o
Fundo do Idoso do RS. “Em 2014 constatamos que dos R$ 300 milhões pagos ao leão
apenas R$ 14 eram revertidos para Estado”, informou ao contar que a campanha
gerou resultados positivos e na última declaração do IR a previsão é de que R$
30 milhões engrossem os recursos dos Fundos.
Hoje,
o Brasil possui mais de 40 mil contadores, sendo que deste número 52% são homens
e 48% são mulheres. No RS existem pouco mais de 527 mil profissionais em
atividade, sendo 57% homens e 43% mulheres.
Imprensa Federasul
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