Adolescente disse à polícia ter sido dopada e estuprada por 33 homens
Rede Record
A avó da adolescente de 16 anos vítima de estupro coletivo em uma comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro falou sobre o choque de ter recebido por meio do WhatsApp o vídeo em que a jovem aparece nua e desacordada após o crime (assista abaixo ao depoimento em vídeo).
— Eu fiquei muito chocada. Não tive coragem de ver o vídeo porque depois essa mesma pessoa em seguida mandou o vídeo para mim. Falei: 'Eu não quero ver', mas a pessoa acabou mandando para mim e eu prometi para mim mesma que eu não ia ver. Eu não tive coragem de ver. Depois eu me acalmei e eu comecei a ver aos pouquinhos. Quando eu vi que a situação ia ficar muito grave, eu travei o vídeo para não continuar vendo, mas aí eu falei: 'Agora tenho de ver até o fim'. Aí eu vi e me arrependi de ter visto, porque é muito triste. É muito cruel. Chorei muito.
A avó relembrou que a garota foi a um baile funk na comunidade na sexta-feira (20) e só retornou na terça-feira passada (23) "descalça, descabelada e com roupa masculina rasgada". Entretanto, apesar de a família reprovar, a adolescente voltou à favela para reaver seu telefone celular que fora roubado, mas não voltou. Na quarta-feira (25), por volta das 19h, um homem que se apresentou como agente comunitário levou a adolescente para a casa dela.
— Ele disse que tinha encontrado ela lá, que estava tudo bem com ela, e ela estava bem, e que ele tinha trazido.
A adolescente afirmou na quinta-feira (26), em depoimento à polícia, ter sido dopada e violentada por 33 homens. A avó da vítima disse esperar que os criminosos sejam punidos pelo que fizeram.
A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio (DRCI) identificou quatro homens suspeitos de envolvimento no estupro coletivo. Lucas Santos, de 19 anos, e Raphael Assis, de 41 anos, são suspeitos de participar do estupro. Lucas era namorado da adolescente. Raphael é o homem que tirou uma selfie postada nas redes sociais em que aparece ao lado da vítima desacordada.
Já Marcelo Correa, de 18 anos, e Michel Brazil, de 20 anos, são suspeitos de divulgar o vídeo que mostra o estupro com mais de 30 homens nas redes sociais.
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