quinta-feira, 19 de maio de 2016

As novas tecnologias no cotidiano são destaque no 9º Fórum de TI do Banrisul



Cenas do passado e do presente mostrando o uso da tecnologia no cotidiano das pessoas marcaram o primeiro dia da 9ª edição do Fórum Internacional de TI do Banrisul, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. Com o tema “A TI transformando hábitos”, a plateia de mais de 2,5 mil pessoas, que superlotou as dependências do teatro, participou dos cinco painéis desta quarta-feira (18).


 Na cerimônia de abertura, o presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Mota, destacou que o encontro é um momento para aprofundar o entendimento sobre as novas tecnologias. “É gratificante constatar que nossa iniciativa reúne públicos e faixas etárias diferentes, com profissionais de tantas áreas e que estimula universitários e intelectuais a compartilharem conhecimento”, frisou.
Salientou que, neste ano, os painéis do Fórum Internacional de TI compartilham temas que passam pelas áreas de governo, cidades, empresas, mercado e meios de pagamento. “Ainda que promovido e realizado pelo Banrisul, este é um evento que vai além das discussões sobre o sistema financeiro, estendendo-se a toda a sociedade.”
O governador José Ivo Sartori fez uma reflexão de como as pessoas conseguiam viver antigamente sem os aparatos tecnológicos de hoje em dia. “No meu tempo, eu tinha que ir ao vizinho para escutar rádio ou assistir a uma partida de futebol, por exemplo. Os mais novos podem não entender a importância dessa evolução. A tecnologia se supera a cada dia”, ressaltou.
Sartori destacou a relevância do Fórum e o descreveu como um evento que reúne pessoas de 15 a 80 anos, especialistas nacionais e internacionais, e que contribui para o reconhecimento da instituição no Estado, País e exterior. “O Banrisul é, hoje, uma referência em soluções inovadoras e a tecnologia da informação jamais pode deixar de olhar para as pessoas, o capital humano e para os clientes.”

PAINÉIS DO 1º DIA
O painel “Os Governos e os novos hábitos da população”, teve como pontos chave a apresentação de cases que apresentaram os desafios dos governos na estruturação tecnológica a serviço dos cidadãos. A moderadora Letícia Batistela, presidente da Assespro/RS, exemplificou o caso das cidades sustentáveis (smart cities) estruturadas para proporcionar mais bem estar aos cidadãos. Com a escassez de recursos municipais para investir em infraestrutura tecnológica, a cidade de Porto Alegre pretende avançar por meio de isenção de IPTU a empresas que se estabelecerem no 4º distrito, um polo tecnológico que reunirá empresas e espaços residenciais.
Um case interessante apresentado pela vice-presidente da Procergs, Deborah Villela, exemplificou como pequenas iniciativas podem contribuir no desenvolvimento econômico. O projeto ONE, por exemplo, reduziu as filas de caminhões nos postos alfandegários por meio de um dispositivo eletrônico anexado aos veículos. Este sensor transmite os documentos fiscais eletrônicos que são enviados para os postos de controle, reduzindo o custo com logística.
Elise Sueli Gonçalves, coordenadora de Dados e Serviços Públicos Digitais da Secretaria de Tecnologia da Informação, relatou sobre os esforços realizados pela esfera federal para aperfeiçoar os serviços públicos oferecidos aos cidadãos.
Renato de Oliveira, secretário adjunto da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e que também representou o secretário Fábio Branco na solenidade de abertura do evento, afirmou que o desafio para os próximos anos é fazer com que os investimentos em tecnologia tenham impacto no desenvolvimento econômico. Falou também do Rio Grande do Sul como um centro geoestratégico e econômico do Mercosul.
Na sequência, o painel “A Tecnologia Transformando a Sociedade” trouxe o diretor de Pesquisas da Intel, Fabio Tagnin, e o presidente da Fritsch Consulting, Inácio Fritsch, como moderador.
Tagnin fez uma explanação sobre as principais ações e projetos da Intel em termos de tecnologia, com um olhar especial para o futuro de 15 a 25 anos. A Intel, que é uma das cinco maiores empresas de software do mundo, está estruturada em três grandes áreas: Datacenter, Cliente e Internet das Coisas, e também desenvolve projetos de pesquisa com universidades. “Em parceria com a CNPQ, temos atualmente cinco projetos de desenvolvimento de criptografia no Brasil. Eles estão sendo rodados há três anos.”
A tecnologia do agronegócio também foi mencionada. A empresa está trabalhando para desenvolver uma solução de sensores para prevenir as perdas das lavouras de milho, algodão e soja, que chegam muitas vezes a 20%. “O sistema será capaz de reduzir o ciclo da larva e impedir que ela se prolifere”, ponderou. Segundo ele, há muitas oportunidades nos setores de varejo, indústria e transportes, e nas cidades inteligentes. “Com a tecnologia, podemos resolver problemas do dia a dia, como o trânsito, energia elétrica e saúde.”
De acordo com Tagnin, a telemedicina é uma grande tendência para o futuro. Os relógios inteligentes (smartwatches) podem, por exemplo, acompanhar remotamente dados médicos do paciente, como batimentos cardíacos, temperatura e o acompanhamento da qualidade do sono. “Há dez anos, iniciamos no interior da Amazônia um sistema para que médicos pudessem exercer suas atividades e fazer os exames remotamente.”
Já o painel “As cidades e a educação em transformação”, que retratou aplicações práticas da tecnologia a serviço da educação e dos cidadãos, contou como moderador o diretor de Planejamento e Expansão do Banrisul, Júlio Brunet.
De acordo com Alexandre Campos Silva, strategic partner manager do Google Apps for Education, a Google vem interagindo com as escolas para identificar como a tecnologia pode simplificar a vida dos professores e viabilizar uma experiência positiva para o aluno por meio de ferramentas que estimulam o aprendizado em uma linguagem acessível para os alunos. “O professor e os alunos podem gerenciar, enviar e receber tarefas com o Google Classroom, em qualquer dispositivo e em qualquer lugar.” Ele citou cases da aplicação destas ferramentas em escolas particulares e públicas.
Tiago Ribeiro, coordenador do POA Digital na Prefeitura de Porto Alegre, relatou os cases da equipe do projeto. Este grupo promove ações de contato com os cidadãos da cidade, usando as redes sociais como instrumento de diálogo. A proposta é interagir com o público e principalmente ouvir o que eles têm a dizer.  Alguns exemplos: canal da prefeitura de Porto Alegre no Youtube www.youtube.com/user/NoticiasPMPA, App Mobile do Procon de Porto Alegre e App da cidade, disponíveis para download.
Outro destaque deste painel foi a apresentação do App Colab.re pelo seu sócio fundador, Paulo Pandolfi. Este permite três ações: fiscalizar, propor e avaliar, realizando uma ponte de comunicação entre o cidadão e as esferas públicas. É um canal que permite fiscalizar irregularidades nas cidades como buracos, estacionamento proibido, entre outras. Esta organização também criou uma plataforma para o gerenciamento destas informações por parte dos governos, permitindo resolver as reclamações enviadas. Pelo seu serviço à sociedade, este modelo ganhou o prêmio de melhor App urbano do mundo e o Top 5 de Governos na ONU.
           
 foto 1: O presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Mota, fez a abertura da 9ª edição do Fórum Internacional de TI.
foto 2: O público presente no evento superlotou as dependências do Teatro do Bourbon Country.
Crédito das fotos: Divulgação Banrisul.




Assessoria de Comunicação do Banrisul

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