Cenas do passado e do
presente mostrando o uso da tecnologia no cotidiano das pessoas marcaram o
primeiro dia da 9ª edição do Fórum Internacional de TI do Banrisul, no Teatro do
Bourbon Country, em Porto Alegre. Com o tema “A TI transformando hábitos”, a
plateia de mais de 2,5 mil pessoas, que superlotou as dependências do teatro,
participou dos cinco painéis desta quarta-feira (18).
Na cerimônia de abertura,
o presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Mota, destacou que o encontro é um
momento para aprofundar o entendimento sobre as novas tecnologias. “É
gratificante constatar que nossa iniciativa reúne públicos e faixas etárias
diferentes, com profissionais de tantas áreas e que estimula universitários e
intelectuais a compartilharem conhecimento”, frisou.
Salientou que, neste ano,
os painéis do Fórum Internacional de TI compartilham temas que passam pelas
áreas de governo, cidades, empresas, mercado e meios de pagamento. “Ainda que
promovido e realizado pelo Banrisul, este é um evento que vai além das
discussões sobre o sistema financeiro, estendendo-se a toda a
sociedade.”
O governador José Ivo
Sartori fez uma reflexão de como as pessoas conseguiam viver antigamente sem os
aparatos tecnológicos de hoje em dia. “No meu tempo, eu tinha que ir ao vizinho
para escutar rádio ou assistir a uma partida de futebol, por exemplo. Os mais
novos podem não entender a importância dessa evolução. A tecnologia se supera a
cada dia”, ressaltou.
Sartori destacou a
relevância do Fórum e o descreveu como um evento que reúne pessoas de 15 a 80
anos, especialistas nacionais e internacionais, e que contribui para o
reconhecimento da instituição no Estado, País e exterior. “O Banrisul é, hoje,
uma referência em soluções inovadoras e a tecnologia da informação jamais pode
deixar de olhar para as pessoas, o capital humano e para os
clientes.”
PAINÉIS DO 1º
DIA
O painel “Os Governos e os
novos hábitos da população”, teve como pontos chave a apresentação de cases
que apresentaram os desafios dos governos na estruturação tecnológica
a serviço dos cidadãos. A moderadora Letícia Batistela, presidente da
Assespro/RS, exemplificou o caso das cidades sustentáveis (smart cities)
estruturadas para proporcionar mais bem estar aos cidadãos. Com a escassez de
recursos municipais para investir em infraestrutura tecnológica, a cidade de
Porto Alegre pretende avançar por meio de isenção de IPTU a empresas que se
estabelecerem no 4º distrito, um polo tecnológico que reunirá empresas e espaços
residenciais.
Um case
interessante apresentado pela vice-presidente da Procergs, Deborah Villela,
exemplificou como pequenas iniciativas podem contribuir no desenvolvimento
econômico. O projeto ONE, por exemplo, reduziu as filas de caminhões nos postos
alfandegários por meio de um dispositivo eletrônico anexado aos veículos. Este
sensor transmite os documentos fiscais eletrônicos que são enviados para os
postos de controle, reduzindo o custo com logística.
Elise Sueli Gonçalves,
coordenadora de Dados e Serviços Públicos Digitais da Secretaria de Tecnologia
da Informação, relatou sobre os esforços realizados pela esfera federal para
aperfeiçoar os serviços públicos oferecidos aos cidadãos.
Renato de Oliveira,
secretário adjunto da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência
e Tecnologia e que também representou o secretário Fábio Branco na solenidade de
abertura do evento, afirmou que o desafio para os próximos anos é fazer com que
os investimentos em tecnologia tenham impacto no desenvolvimento econômico.
Falou também do Rio Grande do Sul como um centro geoestratégico e econômico do
Mercosul.
Na sequência, o painel “A
Tecnologia Transformando a Sociedade” trouxe o diretor de Pesquisas da Intel,
Fabio Tagnin, e o presidente da Fritsch Consulting, Inácio Fritsch, como
moderador.
Tagnin fez uma explanação
sobre as principais ações e projetos da Intel em termos de tecnologia, com um
olhar especial para o futuro de 15 a 25 anos. A Intel, que é uma das cinco
maiores empresas de software do mundo, está estruturada em três grandes áreas:
Datacenter, Cliente e Internet das Coisas, e também desenvolve projetos de
pesquisa com universidades. “Em parceria com a CNPQ, temos atualmente cinco
projetos de desenvolvimento de criptografia no Brasil. Eles estão sendo rodados
há três anos.”
A tecnologia do
agronegócio também foi mencionada. A empresa está trabalhando para desenvolver
uma solução de sensores para prevenir as perdas das lavouras de milho, algodão e
soja, que chegam muitas vezes a 20%. “O sistema será capaz de reduzir o ciclo da
larva e impedir que ela se prolifere”, ponderou. Segundo ele, há muitas
oportunidades nos setores de varejo, indústria e transportes, e nas cidades
inteligentes. “Com a tecnologia, podemos resolver problemas do dia a dia, como o
trânsito, energia elétrica e saúde.”
De acordo com Tagnin, a
telemedicina é uma grande tendência para o futuro. Os relógios inteligentes
(smartwatches) podem, por exemplo, acompanhar remotamente dados médicos
do paciente, como batimentos cardíacos, temperatura e o acompanhamento da
qualidade do sono. “Há dez anos, iniciamos no interior da Amazônia um sistema
para que médicos pudessem exercer suas atividades e fazer os exames
remotamente.”
Já o painel “As cidades e
a educação em transformação”, que retratou aplicações práticas da tecnologia a
serviço da educação e dos cidadãos, contou como moderador o diretor de
Planejamento e Expansão do Banrisul, Júlio Brunet.
De acordo com Alexandre
Campos Silva, strategic partner manager do Google Apps for
Education, a Google vem interagindo com as escolas para identificar como a
tecnologia pode simplificar a vida dos professores e viabilizar uma experiência
positiva para o aluno por meio de ferramentas que estimulam o aprendizado em uma
linguagem acessível para os alunos. “O professor e os alunos podem gerenciar,
enviar e receber tarefas com o Google Classroom, em qualquer dispositivo
e em qualquer lugar.” Ele citou cases da aplicação destas ferramentas em
escolas particulares e públicas.
Tiago Ribeiro, coordenador
do POA Digital na Prefeitura de Porto Alegre, relatou os cases da equipe
do projeto. Este grupo promove ações de contato com os cidadãos da cidade,
usando as redes sociais como instrumento de diálogo. A proposta é interagir com
o público e principalmente ouvir o que eles têm a dizer. Alguns exemplos: canal
da prefeitura de Porto Alegre no Youtube www.youtube.com/user/NoticiasPMPA,
App Mobile do Procon de Porto Alegre e App da cidade, disponíveis para
download.
Outro destaque deste
painel foi a apresentação do App Colab.re pelo seu sócio fundador, Paulo
Pandolfi. Este permite três ações: fiscalizar, propor e avaliar, realizando uma
ponte de comunicação entre o cidadão e as esferas públicas. É um canal que
permite fiscalizar irregularidades nas cidades como buracos, estacionamento
proibido, entre outras. Esta organização também criou uma plataforma para o
gerenciamento destas informações por parte dos governos, permitindo resolver as
reclamações enviadas. Pelo seu serviço à sociedade, este modelo ganhou o prêmio
de melhor App urbano do mundo e o Top 5 de Governos na ONU.
foto 1:
O
presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Mota, fez a abertura da 9ª edição do Fórum
Internacional de TI.
foto 2:
O público
presente no evento superlotou as dependências do Teatro do Bourbon
Country.
Crédito das
fotos:
Divulgação Banrisul.
Assessoria
de Comunicação do Banrisul
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