Homem que perseguiu de carro e atingiu Ana Cristina Nalovaiko quando ela chegava em casa no final de setembro é foragido por homicídio
Condenado por homicídio em 2013 e foragido desde então, o suspeito de balear a estudante de Direito Ana Cristina Nalovaiko, 34 anos, em Novo Hamburgo, foi identificado pela Polícia Civil, que vai pedir sua prisão preventiva nesta semana. O nome e as características dele não foram divulgados pelo delegado Enizaldo Plentz. Antes de ser condenado pela Justiça, o homem, que é pintor e mora na Capital, aguardou o julgamento em liberdade.
– Ele está há dois anos escondido. Na pronúncia (de 2013), a juíza decretou a prisão e ele nunca mais foi visto – afirmou o delegado.
De acordo com Plentz, o atirador estava em um Corolla, que foi apreendido, na companhia de um adolescente quando disparou com uma pistola .380 contra Ana Cristina na noite de domingo, 27 de setembro, no bairro Ouro Branco. A estudante perdeu 30% do fígado em razão do ferimento e irá embora para Itajaí (SC), cidade onde nasceu e tem familiares.
O homem parou ao lado do carro de Ana, no portão do condomínio onde ela vive com a família, depois de uma perseguição de quase 10 quilômetros. O veículo a seguiu desde a saída de um shopping na BR-116. Um dos filhos dela, de 12 anos, acabou atingido pela mesma bala na coluna. Após cirurgia, o menino recupera aos poucos os movimentos das pernas e não corre risco de ficar paraplégico.
– Vamos prender o suspeito para então descobrir a motivação do crime – disse Plentz.
Mesmo tendo divulgado inicialmente que se tratava de uma briga de trânsito, a equipe da Delegacia de Homicídios de Novo Hamburgo não descarta outras linhas de investigação – o delegado não informou quais são as possibilidades trabalhadas. Nesta quarta-feira, a estudante de Direito deve ter alta do Hospital Regina, onde se recupera dos ferimentos.
Ela vai prestar novo depoimento à polícia. Na primeira vez em que falou com Plentz, Ana Cristina relatou que os indícios levavam a uma briga de trânsito. Depois, porém, ela deu outra versão em entrevista para Zero Hora, onde afirmou ter "certeza absoluta" que não era esse o motivo.
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