A informação foi veiculada pela agência de notícias sul-coreana 'Yonhap', que ouviu fontes do governo de Seul. Serviço de inteligência do Sul ainda não confirmou a execução
Imagem divulgada pelo governo da Coreia do Norte mostra o ditador Kim Jong-Un durante inspeção em um orfanato em Wonsan, na província de Kangwon (KCNA/AFP)
O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ordenou o fuzilamento de vice-primeiro-ministro, Choe Yong-on, segundo informou nesta quarta-feira a agência sul-coreana de notícias Yonhap. A informação ainda não foi confirmada pelo serviço de inteligência da Coreia do Sul, mas a agência cita fontes anônimas do governo de Seul. A nova execução ordenada pelo ditador norte-coreano seria mais um indício de que Kim estaria enfrentando resistências no núcleo duro do regime norte-coreano e estaria tentando se impor pela força.
Segundo a fonte anônima, Choe foi executado em maio após mostrar sua inconformidade com relação à política florestal do ditador norte-coreano. O vice-premiê tinha de 63 anos e também era um ex-representante para a cooperação Norte-Sul.
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Neste ano, o Serviço Nacional de Inteligência (NIS) sul-coreano garantiu que Kim reforçou seu domínio com uma brutal política de expurgos que inclui a execução recente de cerca de 70 membros de alta categoria do partido único que governa o país e do Exército Popular. Entre estas execuções estaria a do ex-ministro de Defesa, Hyun Yong-chol, que segundo membros do NIS morreu com fogo de artilharia.
No final de 2013, Kim Jong-un ordenou a execução de seu tio, Jang Song-thaek (casado com sua tia, Kim Kyong-hui), por "traição". Jang chegou a ser considerado como a segunda figura mais poderosa do regime e neste caso a Coreia do Norte tornou pública sua execução, algo muito pouco habitual. Kim Jong-un chegou ao poder depois que seu pai, Kim Jong-il, faleceu em dezembro de 2011 e se transformou assim no terceiro membro da saga iniciada por Kim Il-Sung (1912-1994), fundador da Coreia do Norte e considerado hoje em dia "presidente eterno" do país, conhecido pelo culto exacerbado com seus líderes.
Choe Yong-on, destacado na imagem, ao lado do ditador Kim Jong-un(Reprodução/Twitter/VEJA.com)
(Da redação)
Dez fatos absurdos da Coreia do Norte de Kim Jong-un
1 de 10(Foto: Reprodução Youtube/VEJA)
Filme de comédia
Sem nenhum senso de humor, o regime comunista reclamou e classificou uma comédia hollywoodiana de "ato terrorista". O filme ‘A Entrevista’ tem James Franco no papel de um apresentador de talk show e Seth Rogen no de produtor.
Ao saber que Kim Jong-un é um fã do programa, eles resolvem viajar a Pyongyang para entrevistá-lo. A CIA fica sabendo dos planos e resolve recrutar os dois para matar o ditador. Se não bastasse a reclamação e as ameaças ridículas, a Coreia do Norte chegou ao disparate de manifestar sua indignação para a ONU.
A estreia do filme nos EUA chegou a ser suspensadepois de um ciberataque contra o estúdio reponsável pela produção. Pyongyang negou envolvimento, mas saudou o trabalho dos hackers. No final, a produção chegou aos cinemas e provou ser tão risível quanto o cruel regime da Coreia do Norte -- no mau sentido.
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