DEPUTADO MARLON SANTOS RESPONDE EM SEU PERFIL:
"...existe, sim, muita INTOLERÂNCIA RELIGIOSA em Nosso Estado..."
"Política não é lugar pra santos...Então, são eleitos maus e menos maus, no caso, os menos maus são os melhores...."
A denúncia foi feita ontem logo depois das 12h aqui no Brasil Imprensa Livre:
Deputado que investigará Basegio responde pelo mesmo crime
Marlon Santos (PDT) foi denunciado por exigir salários de servidores
O deputado estadual Marlon Santos (PDT) será o responsável por investigar as denúncias contra Diógenes Basegio (PDT), suspeito de exigir parte dos salários de servidores. Santos é corregedor da Assembleia Legislativa. No entanto, ele responde na Justiça gaúcha pelo mesmo crime que o colega. Além disso, é do mesmo partido. Ainda assim, afirma que não se sente impedido de apreciar o caso de Basegio. “Não tem como eu renunciar. Não vejo problema nenhum em apurar o caso”, diz Marlon Santos.
A RESPOSTA VEIO NO SEU PERFIL NO FACE:
O Ônus de Ser Político
O Brasil e o Rio Grande do Sul vivem um momento de ebulição política causada por vários conflitos de interesse e por denúncias variadas na área pública, umas com fundamento, outras nem tanto e outras com muito fundamento. Estar na política, ou no setor público em geral, tem seu custo, social, familiar e íntimo. Mas esse é o ônus.
Em suma, num ambiente de poder a tirania é um fato, e isso é histórico. Homens e mulheres de bem, ou homens e mulheres do mau se apinham no poder tentando achar a saída dos problemas do povo. Os primeiros fazem por ideais, os segundos pelas vantagens pessoais. Mas isso é o ônus.
Num mundo de jogos pesados e de intolerância permanente, viver a vida pública todos os dias, na verdade, é sobreviver um dia após o outro sem nunca ter a certeza do que acontecerá no dia que está por vir. Existe no meio público, em especial no poder, uma necessidade de visibilidade, uma louca e generalizada força de destruição que, ao cabo dos tempos, ergue e destrói reputações num piscar de olho. Mas esse é o ônus.
Hoje, aos trinta e nove anos, político há tempos, (e confesso: entrei para a política, num primeiro momento, para proteger o trabalho mediúnico que realizo em Cachoeira do Sul/RS, uma vez que como ser humano comum, sem imunidade, nenhuma autoridade me ouvia direito e eu apanhava tipo bicho...), tenho passagem como vereador, prefeito e deputado, agora no terceiro mandato. Sempre fui incomodado, e com certeza, sempre incomodei. Mas esse é o ônus.
Processos judiciais e investigações colecionei aos montes, desde medicina ilegal, meio ambiente; investigação sobre desmando, até acusação de concussão. Uns processos já foram arquivados, outros nem se formaram e outros andam tramitando. Alguns deles, infelizmente, meu pai e minha mãe saíram da Terra e nem ficaram sabendo se eu era ou sou inocente. Mas esse é o ônus.
Na política, seu amigo e seu inimigo andam juntos, numa cabeça só. Como no amor, o ódio e a fascinação são quase correspondentes. Na política, é igual. Quem te ama hoje pode te odiar amanhã. Sem melindres e sem acanhamentos, isso simplesmente acontece. No detalhe, todo mundo acredita em quem está próximo ou esteve próximo de você, tanto na cama, quanto na política. Mas esse é o ônus.
Responder processos, ser investigado, mostrar provas, esclarecer poderes e órgãos, correr atrás de testemunhas, ir ao MP, ao Judiciário, à Defensoria, sentar na frente do Magistrado, ouvir gente mentindo, falando a verdade e usando a estrutura para manchar, prender, ou absolver, são coisas normais. Mas esse é o ônus.
Ter incomodação é normal na política e seria anormal não ter problemas. Se você conhece um político que não tenha problemas, está errado. Desconfie... Esse é o ônus.
Na política não se consegue viver escondendo os fatos. Você pode até achar que esconde alguns, mas é só um pensamento seu. De verdade, hoje, mais do que nunca, não tem como esconder nada, a não ser não querendo ver. Ou seja, quem está na política, vive na praça com luz em cima e não consegue fazer nada escondido, por mais que queira. Mas esse é o ônus.
Política não é lugar pra santos porque não existem santos na Terra. Então, são eleitos maus e menos maus, no caso, os menos maus são os melhores. Se você se acha nada mau, atire a primeira pedra... Mas, é claro, temos que tirar os maus do processo, desde que sejam maus mesmo. Isso dá trabalho! Mas esse é o ônus. (Qualquer dos processos que tenho ou tive podem ser explicados em público, sem reservas. Quaisquer das acusações e inquéritos e situação bancária também).
Os números de meus processos:
Fui preso por exercício ilegal de medicina; Processo vencido.
70045253028 (acusação de concussão)
70043422831(crime ambiental)
0061090003386 5(improbidade sobre contratação de empresa jornalística/ Zero Hora)
0061100002724 7(improbidade de contratação)
0011090338591 4(improbidade administrativa)
Representação do Conselho de Medicina, várias, por causa do Centro Mediúnico de Cachoeira do Sul;
(As investigações já arquivadas e os processos já arquivados não coloquei o número)
Se você sonha em concorrer a Prefeito algum dia...olha só no que dá...).
De todas as coisas ridículas que já fiz, muitas delas me quebraram a cabeça e geraram confusão, processos e rusgas públicas e políticas. Coisas que, se eu não fosse cidadão público, não teriam a mínima relevância, mas sou, então tem relevância sim, no mínimo, devo explicação, nem que seja pro Juíz, pros colegas. Mas esse é o ônus.
O que mais aprendi com 'andância' pública, dos processos ao 'loros', é que a idade trai a gente, sim; que existe, sim, muita INTOLERÂNCIA RELIGIOSA em Nosso Estado; que a inxeperiência é muito ruim; que se perderá grandes amigos; que muita acusação vai ser injusta, outras justas; que você perderá a intimidade; que não verá seu filho crescer e nem sua mãe envelhecer. Mas esse é o ônus.
Hoje estou Corregedor Geral da Assembleia, e, ainda, Ouvidor Geral da Casa. De repente, me deparo com situações de denúnicias envolvendo um amigo deputado. Aí vem a questão: fazer o quê? Fazer o que é justo. Sem dar ouvidos para ilações de que questão partidária poderá poluir o processo, ou que a amizade influenciará qualquer decisão. Com certeza a ética falará mais alto, doa a quem doer. Esse é o ônus.
E a quantos interessar possa, tenho essa cara de taipa, mas sei o tamanho da Assembleia muito bem. De um lado não estarei exercendo a Corregedoria para destruir reputações, de outro, não vou deixar a reputação do Colegiado e da Assembleia ser destruida. Só que tudo será feito no mais sagrado direito da ampla defesa e do zêlo, respeitando dignidades e punindo, no rigor, quem deva ser punido. Esse é o ônus.
Você deve estar se perguntando: mas não têm bônus na política???????? Não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Só tem ÔNUS...se tem bônus, tá errado, temos que investigar!!!
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