Procurador reagiu às críticas de parlamentares investigados na operação
Janot reage a críticas contra investigação da Operação Lava Jato |
Foto: Nelson Jr / SCO / STF / CP
Foto: Nelson Jr / SCO / STF / CP
Agência Brasil
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reagiu nesta sexta-feira às criticas de parlamentares investigados na Operação Lava Jato. Em reunião com procuradores-gerais, Janot disse "causar espécie que vozes do Parlamento" tenham se aproveitado da CPI da Petrobras para atacar o Ministério Público Federal, órgão responsável pela condução das investigações. Em discurso aos procuradores, Janot afirmou que continuará seu trabalho para garantir a independência do Ministério Público e para que os responsáveis pelos desvios na Petrobras sejam punidos.
"Causa espécie que vozes do Parlamento, aproveitando-se de uma CPI instaurada para investigar o maior esquema de corrupção já revelado no país, tenham-se atirado contra a instituição, que começa a desvelar a trama urdida contra a sociedade”, disse. “Pelos esforços do Ministério Público, o esquema foi exposto ao país e será também pela nossa atuação que os verdadeiros culpados irão responder judicialmente e sofrerão as penas cabíveis", completou Janot.
O procurador afirmou que não vai permitir que "interesses ou preocupações que estejam além do Direito" influenciem suas decisões. "Continuo acreditando firmemente que a grande maioria dos homens de bem que integram as nossas instituições não se quedarão inertes; que os cidadãos que pagam impostos e que cumprem com seus deveres cívicos saberão, nessa hora sombria e turva da nossa história, distinguir entre o bem e mal; entre a decência e a vilania; entre aqueles que lutam por um futuro para o país e aqueles que sabotam nosso sentimento de nação", disse.
Ontem em reunião da CPI da Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu mudança na lei para proibir a recondução de procuradores-gerais. Cunha criticou os pedidos de investigação apresentados por Janot, a quem acusou de ter motivação política para incluí-lo na lista dos políticos envolvidos na Lava Jato. Cunha sugeriu que a ação seria para agradar o Executivo, Durante a reunião, parlamentares apoiaram a iniciativa. (Correio do Povo)
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