quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Mistério na orla: Jovem morto no Anfiteatro Pôr do Sol foi vítima de ladrões, diz polícia

Mistério na orla

Jovem morto no Anfiteatro Pôr do Sol foi vítima de ladrões, diz polícia

Maurício Bartz de Moura, 22 anos, teve os tênis e o celular roubados e foi morto a facadas

Jovem morto no Anfiteatro Pôr do Sol foi vítima de ladrões, diz polícia Reprodução/Facebook
Maurício era natural de Espumoso e pretendia conquistar uma vaga no curso de DireitoFoto: Reprodução / Facebook
Policiais que investigam a morte de Maurício Bartz de Moura, 22 anos, no Anfiteatro Pôr do Sol, há uma semana, acreditam que o jovem tenha sido vítima de latrocínio. De acordo com o delegado César Carrion, substituto da 1ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Porto Alegre, o ex-estudante de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) teve os tênis e o celular, um iPhone, roubados e foi morto a facadas.


A prova de que Maurício estava com o celular quando foi agredido é que, minutos antes do assassinato, ele retirou uma bicicleta por meio do aplicativo Bike Poa. Ele teria pedalado até o local onde foi morto, próximo às margens do Guaíba. A bicicleta estava distante cerca de 30 metros do corpo quando a perícia chegou ao local. Amigos teriam ainda afirmado que o estudante não costumava pedalar descalço — como foi encontrado no local.



Segundo Carrion, andarilhos que circulam pelo local onde o corpo de Maurício foi encontrado são suspeitos. Antes do assassinato, a Brigada Militar e a Polícia Civil  já haviam recebido denúncias de roubos e agressões nas redondezas. 



— A gente sabe que ali ocorrem muitos assaltos. Na 1ª DP já foram feitas ocorrências que envolvem os andarilhos dessa região. O problema é que existe uma grande rotatividade. E é por isso que aguardamos ansiosamente as imagens da câmera de segurança do local — afirma o delegado.




As imagens foram solicitadas ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, na última sexta-feira, pelo delegado João Paulo de Abreu, que cuidava do caso. Uma semana após a morte de Maurício, as gravações corretas ainda não foram encaminhadas à polícia. 



Segundo Carrion, chegaram à 1ª DP imagens do dia errado — e não da quinta-feira, dia do crime. Zero Hora buscou informações sobre a entrega dos registros com a SSP, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.



— Se tivéssemos as imagens, poderíamos ir lá, talvez encontrar essas pessoas e já prendê-las, evitando outros casos como esse — lamenta o policial.



Jovem pretendia cursar Direito

O jovem vivia há cerca de quatro anos em Porto Alegre, onde cursou alguns semestres de Economia na UFRGS. Descontente com o curso, ele estudava para conquistar uma vaga no curso de Direito. Por amigos como Marina Wilm, 30 anos, ele será lembrado como uma pessoa "tranquila, extremamente alegre e positiva".
— Ele era muito faceiro e querido por todo mundo — define a jovem.
Maurício deixa uma irmã, Mariany, 14 anos, e os pais, Mário Luiz Martins de Moura, bancário, e Marlei Bartz de Moura, funcionária de um hospital. Eles moravam em Espumoso, onde o corpo de Maurício foi velado na tarde do último sábado.
* Zero Hora

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