Indonésia rejeita clemência a outro brasileiro condenado à morte
Rodrigo Gularte foi preso em 2005 com cocaína em pranchas de surf.
Família tenta reverter execução alegando que ele tem transtorno mental.
A Indonésia rejeitou o pedido de clemência feito pelo governo brasileiro para evitar a execução por fuzilamento do brasileiro Rodrigo Gularte, que está no corredor da morte por tráfico de drogas. A negativa foi recebida nesta terça-feira (20), de acordo com informações da assessoria do Itamaraty ao G1. Caso a pena seja cumprida, ele será o 2º brasileiro a ser executado na Indonésia. O primeiro foi Marco Archer Cardoso, fuzilado no último fim de semana.
Gularte, de 42 anos, foi condenado à pena máxima em 2005 por ingressar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surf. Ainda não há previsão da data em que a execução deve ocorrer. Apesar da rejeição do pedido de clemência, feito em 2012 e que é previsto no processo, a defesa do brasileiro ainda mantém a esperança de que Jacarta reconsidere sua decisão por razões médicas.
A família de Gularte alega que ele foi diagnosticado com um quadro de esquizofrenia e tenta reverter a pena com a transferência dele para um hospital psiquiátrico, como prevê a lei indonésia. Clarisse Gularte, mãe de Rodrigo, contou que ele está 'totalmente transformado' e 15 quilos mais magro. Ela visitou o filho em agosto do ano passado.
Marco Archer
No fim de semana passado, a Indonésia fuzilou seis condenados por tráfico de drogas, entre eles o brasileiro Marco Archer Cardoso. Após o fuzilamento, a presidente Dilma Rousseff - que tentou em vão salvar a vida dele - chamou para consultas o embaixador brasileiro em Jacarta para manifestar seu repúdio à execução. O corpo de Marco Archer foi cremado na Indonésia.
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