terça-feira, 9 de setembro de 2014

INTERNACIONAL: Após manifestações contra Abel, Luigi afirma: "O treinador continua até o final do ano"

Internacional: Após manifestações contra Abel, Luigi afirma: "O treinador continua até o final do ano"


Luigi fala sobre o Brasileirão, as eliminações da Copa do Brasil e Sul-Americana, a polêmica da priorização de competições e Nilmar

Após manifestações contra Abel, Luigi afirma: "O treinador continua até o final do ano" Tadeu Vilani/Agencia RBS
Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS
O Inter irá reverter o momento ruim. A afirmação vem do presidente Giovanni Luigi, um dia após a derrota vexatória para o Figueirense, no Beira-Rio, e uma das mais duras manifestações da torcida em seus dois mandatos.
Em conversa com Zero Hora, Luigi fala sobre o Brasileirão, as eliminações da Copa do Brasil e Sul-Americana, a polêmica da priorização de competições, a contratação de Nilmar e afirma que não há qualquer possibilidade de mudanças na comissão técnica do Inter:
— Abel Braga continua até o final do ano. Eu garanto isso.
Torcida do Inter protesta após derrota para o Figueirense:
Como o senhor recebeu as críticas da torcida após a derrota para o Figueirense?
Giovanni Luigi — A torcida tem toda a razão, principalmente, pela forma com que aconteceu a derrota, ganhando de 2 a 0, em casa, e deixar reverter o resultado. Sem dúvida é revoltante, estão todos revoltados.
Qual o teor da reunião com Abel Braga após o jogo?
Giovanni Luigi — Nos reunimos sempre depois dos jogos. Quando ganhamos, por exemplo, a sequência de cinco jogos, nós nos reuníamos da mesma forma, antes e depois dos jogos. Isso é permanente, quase diário. Faz parte do contexto e da avaliação do todo.
Como uma equipe que vence cinco partidas consecutivas sofre uma derrocada dessa forma?
Giovanni Luigi — É uma questão que estamos tentando trabalhar para reverter, mas a discussão será interna. Iremos reverter o quadro. Assim como tivemos um momento com cinco vitórias seguidas, podemos conseguir novamente agora. A campanaha no primeiro turno é de 34 pontos, o que indicaria 68 pontos se fizermos a mesma campanha no segundo turno. Nós acreditamos que faremos uma campanha ainda melhor, ou seja, ultrapassaremos os 70 pontos. Precisamos reverter o momento difícil. Não é o campeonato como um todo que foi ruim. Ele, neste momento, é ruim, e precisamos reverter.
O senhor acredita que a reversão passa por uma mudança na escalação?
Giovanni Luigi — Passa pelo todo. Se fosse apenas a escalação, muda uma ou outra peça, aqui e ali, e resolveria.
O senhor concorda com as críticas a Rafael Moura?
Giovanni Luigi — O Rafael Moura teve momentos bons no ano. No Gre-Nal na Arena, por exemplo. Tenho até recorte de jornal, em que a imprensa elogiou, que o Abel havia dado confiança a ele, que ele estava mostrando a que veio e fazendo bons jogos. No jogo contra o Palmeiras, ele foi vital, fez o passe de cabeça para fazer o gol da vitória. Em muitos jogos, ele não faz gol, mas tem papel importante como atacante, como o centroavante que fica entre os zagueiros.
O Inter priorizou competições?
Giovanni Luigi — Nós faríamos uma priorização de uma competição ou de outra lá na frente. Não foi o caso agora. Agora, o combinado era dar o máximo nas competições que estávamos participando. No entanto, quando começa quarta e domingo, os jogadores não aguentam. Tivemos jogos em que o chileno (Charles Aránguiz) estava convocado para a seleção ou que um ou outro estava lesionado, com cartão amarelo. E isso, no somatório, tira de campo dois, três, quatro jogadores. E isso pode representar que a gente deu prioridade. Nós faríamos isso mais ali na frente, quando tivéssemos viagens mais longas e desgate de jogos.
A circunstância, com derrotas no primeiro jogo, fez a prioridade?
Giovanni Luigi — Não teve prioridade, entramos tanto na Copa do Brasil como na Sul-Americana com o que tínhamos de melhor. No jogo contra o Bahia, os jogadores deram seu máximo, eu estava na delegação. Foram todos que estavam à disposição. Contra o Bahia, ganhávamos e tudo levava a crer que faríamos o segundo gol e levaríamos a decisão, no mínimo, para os pênaltis.
Os jogos quarta e domingo vão continuar, não tem como fugir. Não é um demérito para o torcedor pensar em priorização?
Giovanni Luigi — Em nenhum momento disse que priorizamos alguma competição.
O senhor disse: "Lá na frente priorizaríamos".
Giovanni Luigi — Provavelmente teríamos de priorizar. Como tivemos de fazer em 2006, em 2008. Em todas as competições que participamos, chega um momento, lá na frente, que em alguma rodada você precisa priorizar. Não adianta falar deste ano, não chegamos lá.
Nilmar pode ser o fato novo em meio ao turbilhão das críticas e a pressão.
Giovanni Luigi — Não, não faríamos nada para dar caráter de fato novo. Sequer estamos tratando, neste momento, a questão do Nilmar. Mostramos nossa posição para seus representantes. E quero dizer que não é uma questão financeira. Quero deixar bem claro isso. Nunca foi questão de valor. Por justiça ao atleta, isso tem de ser dito. Eles têm de se livrar de uma questão jurídica com o clube que ele defendia (Al-Jaish) para depois conversar com o Inter. Aguardamos essa posição, mas não com o intuito do fato novo.
O empresário do atleta, Orlando da Hora, já declarou que Nilmar está livre.
Giovanni Luigi — Não temos esta informação. Não falamos com ele há muito tempo, por estar no Exterior. Estamos no aguardo. Não tem nada agendado, nenhuma conversa. Nesta terça estou embarcando para Salvador, não vou falar com ele. Na quarta também estarei lá, não tem nada novo.
O senhor acredita em leilão por Nilmar? Está seguro da vinda dele para o Inter?
Giovanni Luigi — Não acredito, e não estou seguro que existe uma possibilidade de ele vir para o Inter.
Após essa sequência ruim, Abel segue prestigiado como técnico do Inter?
Giovanni Luigi — Não existe isso de prestigiado. E não vou falar de suposições. Ele é reconhecidamente competente, com qualidade, o grupo está fechado e tivemos um resultado ruim, mas fizemos um bom primeiro turno. O Abel continua no Inter até o final do ano, garanto isso.
Há salários atrasados no Inter?
Giovanni Luigi — Não. No dia 30 de agosto, estávamos em São Paulo, e assessoria me avisou que um colega teu declarou que o Inter devia cinco meses de direito de imagem. Liguei para ele no mesmo momento e afirmei que não só já havíamos pago como o mês de agosto nem havia terminado e já tinhamos pago setembro. Nunca atrasamos direito de imagem de nenhum atleta.
Abel pode tirar mais desse time?
Giovanni Luigi — O time vai render mais, pode ter certeza. Nós vamos mudar o momento. O grupo já mostrou que tem qualidade, que vai reverter a situação. Eu tenho convicção disso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário