Vieira da Cunha apoiará adversário de Dilma
Pedetista disse que pode entrar na Justiça contra a União caso dívida estadual não seja negociada
Marcus Meneghetti
Quando chegou à sala onde acontece a coletiva de imprensa precedente à reunião-almoço Tá na Mesa, promovida pela Federasul, o candidato a governador pelo PDT, deputado federal Vieira da Cunha, chamou para sentar ao seu lado os aliados mais próximos: os dois colegas da chapa majoritária – o vice, Flávio Gomes (PSC); e o pretendente ao Senado, Lasier Martins (PDT) –, além do presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Jr. e do deputado estadual Diógenes Basegio (PDT). Os cinco políticos – que, com exceção de Gomes, representam a ala majoritária do PDT gaúcho – posaram para os flashes que relampejavam no recinto. Os pedetistas lideram a coligação que também agrega DEM, PSC, PV e PEN.
Ao lado dos aliados, Vieira revelou que, ao longo da campanha, pretende anunciar qual o presidenciável em quem pretende votar. Mas adiantou que vai escolher entre os adversários da presidente Dilma Rousseff (PT), pois “os escândalos de corrupção na gestão petista criaram uma barreira intransponível ao apoio a Dilma.” O principal critério para escolher o candidato a presidente, segundo o próprio pedetista, vai ser a disposição em renegociar a dívida do Estado com a União. De qualquer forma, ressaltou que houve uma reunião entre os filiados para garantir que não haja um racha entre os que apoiam a reeleição da presidente e os que não apoiam.
Vieira reforçou que não descarta a possibilidade de entrar na Justiça contra a União, caso a dívida não seja renegociada, pois o montante comprometido (13% da receita líquida) diminui a capacidade de investimentos do Estado. Diante de tais dificuldades financeiras, defendeu ainda o controle das despesas estatais. “Precisamos reduzir os gastos, precisamos de um Estado austero. E temos que fazer isso junto com os servidores. Eles têm que entender, aceitar e participar das medidas”, observou.
Outro foi o que pretende fazer com a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e como pretende gerenciar os pedágios, caso seja eleito. Nesse tópico, aproveitou para criticar a gestão do ex-governador Antônio Britto (PMDB, 1995-1998) – em uma tentativa de atacar a candidatura peemedebista ao governo do Estado, encabeçada pelo ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori.
Vieira da Cunha declarou que, “como um verdadeiro trabalhista”, a educação vai ser prioridade na sua gestão. “No último governo trabalhista, o Collares construiu várias escolas, onde deveriam funcionar os Cieps (Centros Integrados de Educação Pública) e hoje funcionam escolas tradicionais. Pretendemos recuperar os Cieps”, disse.
Além disso, falou que pretende se esforçar ao máximo para pagar o piso dos professores. Para isso, propõe mudanças no artigo 4º da lei que institui o piso nacional dos profissionais da educação: o excerto impede que os estados recebam recursos da União para honrar o vencimento da categoria, o que o pedetista quer reverter.
O candidato aproveitou o tema para alfinetar o adversário petista. “Sabem o que o Tarso fez sobre isso? Se limitou a encaminhar um ofício ao ministro da Educação, que respondeu que não dava (para repassar recursos para essa finalidade), porque a lei não permitia. É preciso atitude para resolver essas questões.”
Quanto à EGR, o pedetista pretende mantê-la, mas não descartou as parcerias público-privadas (PPPs) para administrar as rodovias do Estado. “O ideal é que haja as duas modalidades de gestão. Mas as parcerias com a iniciativa privada não vão ser como as do Britto. Porque aquelas estavam muito próximas de uma extorsão”, atacou o pedetista.
Vieira também comentou a última pesquisa Ibope sobre a intenção de votos no Rio Grande do Sul, na qual o pedetista aparece com 2% das intenções de voto entre as candidaturas ao governo do Estado, e Lasier Martins (PDT) estaria em empate técnico com o candidato Olívio Dutra (PT), ao Senado. “As pesquisas retratam um determinado momento. Tenho convicção de que o Lasier e eu temos um patamar muito maior do que foi indicado. Até porque o PDT é a legenda com maior número de filiados no Estado”, observou. JC/RS
Ao lado dos aliados, Vieira revelou que, ao longo da campanha, pretende anunciar qual o presidenciável em quem pretende votar. Mas adiantou que vai escolher entre os adversários da presidente Dilma Rousseff (PT), pois “os escândalos de corrupção na gestão petista criaram uma barreira intransponível ao apoio a Dilma.” O principal critério para escolher o candidato a presidente, segundo o próprio pedetista, vai ser a disposição em renegociar a dívida do Estado com a União. De qualquer forma, ressaltou que houve uma reunião entre os filiados para garantir que não haja um racha entre os que apoiam a reeleição da presidente e os que não apoiam.
Vieira reforçou que não descarta a possibilidade de entrar na Justiça contra a União, caso a dívida não seja renegociada, pois o montante comprometido (13% da receita líquida) diminui a capacidade de investimentos do Estado. Diante de tais dificuldades financeiras, defendeu ainda o controle das despesas estatais. “Precisamos reduzir os gastos, precisamos de um Estado austero. E temos que fazer isso junto com os servidores. Eles têm que entender, aceitar e participar das medidas”, observou.
Candidato defende educação de turno integral e piso do magistério
Alguns temas mencionados na coletiva com os jornalistas se repetiram durante a explanação do candidato do PDT ao Piratini, deputado federal Vieira da Cunha, no salão da Federasul. Um deles foi as escolas de turno integral, o que serviu de ensejo para comparar as políticas educacionais do ex-governador Alceu Collares (PDT, 1991-1994) com as do governador Tarso Genro (PT).Outro foi o que pretende fazer com a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e como pretende gerenciar os pedágios, caso seja eleito. Nesse tópico, aproveitou para criticar a gestão do ex-governador Antônio Britto (PMDB, 1995-1998) – em uma tentativa de atacar a candidatura peemedebista ao governo do Estado, encabeçada pelo ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori.
Vieira da Cunha declarou que, “como um verdadeiro trabalhista”, a educação vai ser prioridade na sua gestão. “No último governo trabalhista, o Collares construiu várias escolas, onde deveriam funcionar os Cieps (Centros Integrados de Educação Pública) e hoje funcionam escolas tradicionais. Pretendemos recuperar os Cieps”, disse.
Além disso, falou que pretende se esforçar ao máximo para pagar o piso dos professores. Para isso, propõe mudanças no artigo 4º da lei que institui o piso nacional dos profissionais da educação: o excerto impede que os estados recebam recursos da União para honrar o vencimento da categoria, o que o pedetista quer reverter.
O candidato aproveitou o tema para alfinetar o adversário petista. “Sabem o que o Tarso fez sobre isso? Se limitou a encaminhar um ofício ao ministro da Educação, que respondeu que não dava (para repassar recursos para essa finalidade), porque a lei não permitia. É preciso atitude para resolver essas questões.”
Quanto à EGR, o pedetista pretende mantê-la, mas não descartou as parcerias público-privadas (PPPs) para administrar as rodovias do Estado. “O ideal é que haja as duas modalidades de gestão. Mas as parcerias com a iniciativa privada não vão ser como as do Britto. Porque aquelas estavam muito próximas de uma extorsão”, atacou o pedetista.
Vieira também comentou a última pesquisa Ibope sobre a intenção de votos no Rio Grande do Sul, na qual o pedetista aparece com 2% das intenções de voto entre as candidaturas ao governo do Estado, e Lasier Martins (PDT) estaria em empate técnico com o candidato Olívio Dutra (PT), ao Senado. “As pesquisas retratam um determinado momento. Tenho convicção de que o Lasier e eu temos um patamar muito maior do que foi indicado. Até porque o PDT é a legenda com maior número de filiados no Estado”, observou. JC/RS
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