Futebol
'Mostre que é melhor que Messi', disse o técnico a Götze
O alemão Götze comemora gol no segundo tempo da prorrogação na final contra a Argentina, no Maracanã no Rio (Ivan Pacheco/VEJA.com)
A missão de Mario Götze, 22 anos, ao ser chamado pelo técnico Joachim Löw para entrar na final da Copa do Mundo, neste domingo, pouco antes da prorrogação, não foi nada simples. “Eu disse a ele: ‘Mostre ao mundo todo que você é melhor que Lionel Messi, que é você que decidirá o jogo, porque você é capaz disso’”, contou o treinador logo depois do jogo. E o meia-atacante, que foi apelidado de “Messi alemão” ao ser revelado pelo Borussia Dortmund, em 2009, fez justamente isso, marcando um golaço a apenas oito minutos do fim da prorrogação – e deixando o craque argentino a quem já foi comparado apenas com a medalha de prata. “Eu tinha uma boa sensação sobre a entrada dele hoje”, afirmou Löw, sorrindo, depois da conquista do tetra alemão no Maracanã, onde chegou a colocar Götze entre seus prováveis titulares mas depois recuou, escalando o veterano Miroslav Klose. Foi justamente na vaga do maior artilheiro da história das Copas que o jovem craque entrou, faltando dois minutos para o fim do tempo normal. O centroavante de 36 anos contou que repetiu Löw e também cobrou do novato o gol da vitória: “Você precisa fazer o gol!”
O atleta do Bayern de Munique não tinha aparecido bem num lance em que decidiu finalizar de longe, deixando irritados os companheiros que esperavam uma assistência. É que Götze parecia mesmo convencido de que resolveria a partida. Ao marcar o gol, depois de receber um cruzamento de outro reserva, Andre Schürrle, matar no peito e chutar cruzado, de canhota, o herói da finalíssima não sabia para onde correr. “É uma sensação indescritível, não consigo explicar”, disse ele ao receber o troféu de melhor da partida. “Ao lado do meu time e do país todo, estou vivendo um sonho que virou realidade. É algo realmente sensacional.” Götze, que sofreu para se adaptar ao Bayern depois de ser tratado como “traidor” pela torcida de seu ex-clube, disse que a Taça Fifa é a melhor recompensa possível para fechar a temporada. “Não foi um ano muito simples para mim. Também não foi uma competição muito fácil”, contou o jogador, que só não atuou na semifinal contra o Brasil, mas participou apenas como suplente em outras duas partidas. Depois de prever que seu talismã ajudaria a Alemanha a vencer, Löw projeta outros triunfos em Copas para o atleta que classificou de wunderkind, o termo alemão para classificar um “menino prodígio”. “Mario é capaz de jogar em qualquer posição e tem uma qualidade técnica muito acima do normal.” O arremate certeiro no momento que mudou a história da final deixou isso mais do que claro.
(Giancarlo Lepiani, do Rio de Janeiro)
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