quinta-feira, 12 de junho de 2014

Seleção abre 2ª Copa em casa com a história do seu lado

Futebol

Seleção abre 2ª Copa em casa com a história do seu lado

Esqueça 1950: a equipe mais vitoriosa da história do torneio inicia campanha com retrospecto inigualável – além de uma sequência recente muito positiva

Giancarlo Lepiani, com fotos de Ivan Pacheco
O craque Neymar no último jogo da seleção antes da estreia na Copa do Mundo, contra a Sérvia, em São Paulo: série de vitórias
O craque Neymar no último jogo da seleção antes da estreia na Copa do Mundo, contra a Sérvia, em São Paulo: série de vitórias (Ivan Pacheco/VEJA.COM)
O Brasil não perde há doze anos jogando em território nacional. Em partidas oficiais, já são quase quatro décadas de invencibilidade. O histórico recente também comprova sua força: são quinze vitórias nos últimos dezesseis jogos
Para o técnico da Croácia, Niko Kovac, impedir a vitória do Brasil na abertura da Copa do Mundo, nesta quinta-feira, seria um "resultado histórico". Para o capitão da equipe europeia, Darijo Srna, vencer o time da casa no Itaquerão seria um "milagre". E a história confirma o que dizem os adversários do time da casa no jogo inaugural do torneio, às 17 horas (de Brasília), em São Paulo. É verdade que o último jogo da seleção brasileira num Mundial disputado no país terminou em derrota, no fatídico Maracanazo de 1950. Mas a equipe pentacampeã do mundo já fez mais do que o bastante para colocar a queda diante dos uruguaios, há 64 anos, em segundo plano. Afinal, se depender do currículo do Brasil, a torcida tem motivos de sobra para confiar na conquista inédita da taça nesta edição do Mundial. O passado não deve ser visto como um fantasma para a seleção. Pelo contrário: com seu inigualável histórico, a equipe da casa tem tudo para entrar em campo confiante e convicta de seu favoritismo. 
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Com 210 gols marcados, 67 vitórias, sete presenças em finais e cinco títulos conquistados, o Brasil é absolutamente soberano nos números dos Mundiais – sem contar, é claro, o fato de ser o único a participar de todas as edições do torneio. Na vigésima Copa, que o time de Felipão inicia nesta quinta, sua força em casa também será colocada à prova: o Brasil já soma doze anos sem perder um jogo sequer em casa. O último revés ocorreu num jogo festivo, logo depois da conquista do penta (derrota por 1 a 0 para o Paraguai). Quando se tratam de partidas oficiais, é preciso voltar quase quatro décadas até achar o último resultado negativo do Brasil. Em 1975, quando a Copa América era disputada em diversos países ao mesmo tempo, a seleção caiu diante do Peru, em Belo Horizonte, por 3 a 1. Desde então, o Brasil sediou uma Copa das Confederações, outra Copa América e tantos outros jogos válidos por Eliminatórias do Mundial. Ninguém foi capaz de superá-lo – e a lista dos adversários inclui Itália, Argentina, Uruguai e Espanha, entre muitos outros. 
O histórico recente também comprova o poderio da seleção da casa. O Brasil vem embalado por nove vitórias consecutivas. Em seus últimos dezesseis compromissos, venceu quinze – só perdeu para a Suíça, em agosto do ano passado, ainda na ressaca da conquista da Copa das Confederações, com um gol contra de Daniel Alves. Para o técnico Luiz Felipe Scolari, não restam dúvidas de que o Brasil entrará na competição deixando claro que é o dono da festa: "É o nosso Mundial", avisou ele, aparentando enorme confiança, na véspera da partida, no próprio Itaquerão. Último técnico a conquistar a taça pelo Brasil (e acompanhado de perto pelo penúltimo treinador campeão, Carlos Alberto Parreira), Felipão enxerga semelhanças entre a equipe de 2002 e o time atual ("coletivamente, são parecidas", explica). Ao contrário da seleção que acabou conquistando o penta, porém, a geração de 2014 chega à Copa sem problemas de contusão, com maior entrosamento, sem dúvidas em torno do time titular e com favoritismo muito maior. "Chegou a hora", avisa Felipão, dando o tom de uma equipe que entrará em campo nesta quinta disposta a provar que a história se repete. 
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Neymar treina cobrança de faltas no Itaquerão, em São Paulo
Neymar treina cobrança de faltas no Itaquerão, em São Paulo - Ivan Pacheco/VEJA.com
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Neymar durante coletiva de imprensa no Itaquerão, em São Paulo
Neymar durante coletiva de imprensa no Itaquerão, em São Paulo - Ivan Pacheco/VEJA.com
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Funcionários fazem últimos ajustes no Itaquerão antes da abertura da Copa do Mundo, em São Paulo
Funcionários fazem últimos ajustes no Itaquerão antes da abertura da Copa do Mundo, em São Paulo - Ivan Pacheco/VEJA.com
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O técnico da seleção croata Niko Kovac durante coletiva de imprensa no Itaquerão, em São Paulo
O técnico da seleção croata Niko Kovac durante coletiva de imprensa no Itaquerão, em São Paulo - Ivan Pacheco/VEJA.com

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