terça-feira, 3 de junho de 2014

JÁ QUE É INEVITÁVEL, “PRA FRENTE BRASIL”

Queiram ou não uma parte dos brasileiros, a Copa do Mundo 2014 vai acontecer.  Inicia justamente neste 12 de junho, Dia dos Namorados, com a partida de abertura do dono da Casa, o Brasil contra a Croácia no estádio que Lula mandou construir, com verba pública, para o seu time do coração o Corinthians. Aí começam as restrições e os problemas.
Afinal foi revelado que a Fifa queria apenas 10 estádios para o Torneio Internacional. O governo brasileiro chegou a exigir 17, para aumentar a visibilidade e buscar mais votos. Acabaram batendo o martelo nos 12 atuais. Dois itens complicados a partir daí: o primeiro, que o feitiço virou contra o (ou contra os) feiticeiro. A expectativa de que o partido no poder pudesse faturar mais prestígio e quem sabe agradar a mais pessoas em mais estados aumentando as chances de reeleição se inverteu. Há um consenso, mesmo entre os que amam o futebol, de que os valores empregados na promoção do evento, mesmo que gere turismo, poderiam ser usados em serviços essenciais para a população brasileira. Entra aí o segundo fator. Milhões de reais em cada um dos estádios que foram construídos com dinheiro estatal, bilhões no total, acabaram sendo desviados, houve superfaturamento em quase tudo e as obras tanto nos locais dos jogos como na infraestrutura de apoio atrasaram. Boa parte nem vai terminar antes do começo das partidas. Uma verdadeira roubalheira, prazos descumpridos, falta de seriedade na maioria dos casos como o dos aeroportos nacionais que ficarão totalmente aquém das necessidades dos que vão utiliza-los no período.
A Copa vai sair apesar disto tudo. Não há mais como trocar o país e nem como punir os muitos que falharam, em especial as autoridades ligadas ao governo. Mas vai ficar para a história a anarquia feita por aqui para promove-la, e a falta de capacidade brasileira para chegar até ela. E, pior... muitos dos segmentos descontentes, sejam de grupos sociais, ou de trabalhadores, vão às ruas, em greve ou em manifestos que se prevê não sejam pacíficos, tentando manchar a sua realização e dar o recado ao mundo: O Brasil não é este mar de rosas que se vende nos panfletos e filmes turísticos. Tem carências enormes e problemas maiores ainda que nem Lula nem Dilma conseguiram solucionar nos últimos 12 anos em que estiveram no poder. De resto, como não adianta ir além dos protestos, nos resta esperar que não haja depredações, badernas, anarquias, e nem pessoas feridas ou mortas nas ruas dos locais onde vai acontecer a Copa. E quem sabe possamos mesmo comemorar o HEXA não é? Mesmo irritando aos indignados estou na torcida. Vou escrever escondidinho aqui na última frase, para não ser apedrejado... “Prá frente Brasil”, rs........

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