Desabafo de pai sobre condições de hospital de Porto Alegre repercute nas redes sociais
Relato sobre falta de limpeza e materiais básicos no Hospital da Criança Conceição já teve mais de 3,6 mil compartilhamentos
O desabafo de um pai, mostrando a situação do hospital onde o filho estava internado em Porto Alegre, repercutiu no Facebook nesta semana. O relato e a foto do agente comunitário de saúde Alexandre Blauth de Almeida Soares, 28 anos, denunciando a falta de limpeza e materiais básicos no Hospital da Criança Conceição postada na rede social ainda na tarde de quarta-feira tinha conquistado até as 15h desta sexta-feiramais de 3,6 mil compartilhamentos na rede social.
Na postagem, Alexandre faz críticas aos investimentos feitos para a Copa do Mundo em detrimento da saúde. O agente comunitário precisou internar o filho Gabriel, de 4 anos, na terça, dia 8, após a criança apresentar sintomas diarreia, vomito e febre. O alívio veio na manhã desta sexta, quando a criança, após ter sido diagnosticada com infecção intestinal, teve alta do hospital e voltou para a casa da mãe, no bairro Passo D' Areia. Essa foi a segunda internação do menino no hospital e, segundo o pai, não foi similar à primeira vez.
– Foi bem diferente (em termos de recursos materiais e limpeza). Era uma briga ferrenha por gaze e esparadrapo. Tem que parabenizar os técnicos e os profissionais, que estão se virando para dar conta do serviço – comentou.
O relato de Alexandre dá conta da falta de materiais como esparadrapos e antibióticos e da sujeira nos corredores do hospital. A repercussão surpreendeu o agente comunitário.
– Não esperava tanto. Fiz para desabafar, para botar meu sentimento para fora. É para o pessoal ver que estão fazendo uma Copa, mas não temos condições básicas de saúde.
Contraponto
A direção do Grupo Hospitalar Conceição reconhece as dificuldades com a limpeza no Hospital Conceição e no Hospital da Criança Conceição. Segundo o gerente de Administração do Hospital Conceição, Alexander Cunha, a empresa terceirizada que executava o serviço faliu e as unidades enfrentaram problemas nos últimos 45 dias. Uma nova empresa que irá realizar o trabalho pelos próximos 60 dias foi contratada emergencialmente e iniciou o serviço hoje.
Uma nova licitação foi lançada para contratação da empresa que realizará o serviço permanentemente. Apesar dos relatos, Cunha nega que as unidades enfrentem problemas quanto ao fornecimento de materiais para atendimento.
ZERO HORA
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