Suspeito de matar cinegrafista confessa a jornalista ter acendido rojão
'Acendi sim', disse Caio de Souza à TV Globo, que calou-se sobre sua responsabilidade perante o delegado do caso
12 de fevereiro de 2014 | 12h 23
Sérgio Torres - O Estado de S. Paulo
Atualizado às 13h56
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Fábio Motta/Estadão
Caio de Souza, apresentado na delegacia
RIO - Em entrevista rápida à TV Globo, ainda na delegacia de polícia em Feira de Santana (BA), Caio Silva de Souza disse, em voz baixa, que acendeu o rojão que atingiu e matou o cinegrafista Santiago Andrade, da TV Bandeirantes."Acendi sim", balbuciou ele em resposta à pergunta da jornalista. Andrade foi atingido durante um protesto contra a alta da tarifa de ônibus, no Rio, dia 6.
Depois, o acusado afirmou que teve muito receio de ser assassinado. "Fiquei com medo de me matarem". Ao ser perguntando quem poderia matá-lo, limitou-se a dizer: "Pessoas".
Caio Silva de Souza disse na entrevista que, embora tivesse aceso o artefato explosivo, desconhecia seu poderio. "Nem sabia que era um rojão", disse, acrescentando que pensava trata-se de um "cabeção de nego".
O acusado não apresentou ao delegado Maurício Luciano, presidente do inquérito, a mesma confissão transmitida pela emissora. Segundo o policial, ele não quis prestar declarações a respeito do crime.
Em conversa informal com repórteres de emissoras de TV, Caio lamentou a "morte de um trabalhador", como ele própio, sua mãe e seu pai. Ele foi preso na Bahia nesta madrugada.
Prisão. Caio foi detido por volta das 3h da madrugada desta quarta em um hotel na cidade baiana de Feira de Santana (a 100 km de Salvador). Ele foi levado ao Rio pela em um voo convencional e chegou ao Aeroporto Internacional do Rio às 8h40.
Caoi foi levado para a Cidade da Polícia (Jacaré, zona norte), onde o delegado da 17ª Delegacia de Polícia (DP), Maurício Luciano de Almeida, responsável pela prisão na Bahia, concedeu entrevista coletiva.
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