quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Morte de cinegrafista: Advogado diz que jovem preso recebeu R$ 150 para fazer tumulto em protesto

Jonas Tadeu concedeu entrevista à TV Globo News no início da tarde desta quarta-feira

Advogado diz que jovem preso recebeu R$ 150 para fazer tumulto em protesto FÁBIO MOTTA//ESTADÃO CONTEÚDO
Foto: FÁBIO MOTTA/ / ESTADÃO CONTEÚDO
No início da tarde desta quarta-feira, o advogado Jonas Tadeu, que defende os suspeitos de terem manuseado o rojão que provocou a morte do cinegrafista da Bandeirantes Santiago Andrade, afirmou que os seus clientes recebem dinheiro para participar de manifestações.

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Tadeu afirmou, em entrevista à TV Globo News, que Caio era sustentado com a ajuda dos pais, além de remuneração recebida por participar de manifestações.

— Ele [Caio Souza] foi aliciado a participar de manifestações e, para cada manifestação que ele participava, com o intuito de 'vamos fazer um quebra-quebra', você ganha R$ 150" — afirmou o advogado em entrevista à Globo News.

Além disso, Tadeu afirmou que Fábio Raposo, também preso por supostamente ter entregue o artefato a Caio, não exerceria a profissão de tatuador, alegada como sua fonte de renda. Conforme o advogado, eles teriam sido aliciados por outros manifestantes, subsidiados por órgãos que o defensor não quis identificar.

Andrade morreu na segunda-feira, após complicações devido a ferimentos provocados por um rojão que atingiu a cabeça dele em uma manifestação na última quinta-feira. Na manhã desta quarta-feira, ao ser preso, o estudante disse que não tinha um alvo específico e que não sabia que o objeto que estava acendendo era um rojão.

Caio foi preso em Feira de Santana, na Bahia, e levado ao Rio na manhã desta quarta-feira. O delegado Maurício Luciano, titular da 17ª Delegacia de Polícia (DP) do Rio afirmou não ter dúvidas de que foi ele o responsável por acender o rojão que feriu mortalmente o cinegrafista. Imagens obtidas pela Polícia Civil mostrariam o suspeito minutos antes do lançamento do artefato explosivo sem a camiseta no rosto. O depoimento de um fotógrafo também teria sido esclarecedor sobre a identidade do homem.
ZERO HORA

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