sábado, 1 de fevereiro de 2014

Fortunati anuncia uso de vans escolares no transporte de passageiros na Capital

Fortunati anuncia uso de vans escolares no transporte de passageiros na Capital
Prefeitura espera disponibilizar os 617 veículos escolares cadastrados pela EPTC. Valor da tarifa será o mesmo das lotações




Paulo Rochat
paulo.rocha@rdgaucha.com.br
      
Em assembleia na sexta-feira, rodoviários decidiram permanecer com 100% de paralisação
Foto: Lauro Alves  / Agencia RBS
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, confirmou em entrevista coletiva neste sábado (1º) que vans e micro-ônibus escolares serão utilizados no transporte de passageiros na Capital. Segundo ele, o preço da passagem será o mesmo cobrado atualmente pelas lotações, que é de R$ 4,20
A frota escolar é de 617 veículos, com capacidade de transporte de 18 mil passageiros sentados. Alguns micro-ônibus também poderão transportar pessoas em pé.
"Os motoristas do transporte escolar são capacitados, pois transportam crianças. Os veículos têm segurança plena e são fiscalizados pela EPTC. São 617 veículos que estarão à disposição da população na segunda-feira pela manhã", disse o prefeito.
Os roteiros e as linhas serão definidos pela EPTC ao longo do final da semana. O objetivo é fazer com que os veículos escolares complementem as lotações, atendendo mais lugares incluindo dentro dos bairros.
O sindicato que representa as vans escolares avalia que será possível colocar cerca de 80% da frota à disposição do público na segunda-feira. A entidade também não se diz preocupada com a insegurança.

"Da mesma forma que eles (os rodoviários) não estão fazendo vandalismo com as lotações, entendemos que nós também estaremos imune a isso, em função do bom senso da categoria", avalia o assessor jurídico do Sindicato do Transporte Escolar, Jaires Maciel.
O Sindicato do Transporte Escolar também estuda a possiblidade de colocar alguns veículos em circulação no domingo (2) para atender à demanda de público na procissão de Nossa Senhora dos Navegantes.
Greve dos rodoviários
A paralisação da categoria teve início na segunda-feira (27) com a manutenção de 30% da frota em circulação. No segundo dia de greve, os rodoviários decidiram pela paralisação total das atividades após a Justiça determinar que pelo menos 70% da frota deveria circular nos horários de pico. Na quinta-feira, algumas empresas voltaram a colocar ônibus nas ruas, mas na sexta os sindicalistas descumpriram novo acordo com a Justiça e houve greve geral.
A prefeitura entrou com ação judicial pedindo apoio da Brigada Militar para garantir a saída dos ônibus das garagens e chegou a cogitar a utilização da Força Nacional de Segurança para resolver o impasse. No fim da tarde de ontem, a categoria decidiu, em nova assembleia,manter a paralisação geral.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a mobilização é necessária para pressionar as empresas de ônibus a aumentar a proposta de reajuste salarial. A categoria cobra aumento de 14%, mas os empresários se limitam a oferecer a reposição da inflação, de 5% a 6%.


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