Prefeitura cogita pedir ajuda da Força Nacional de Segurança para liberar ônibus em Porto Alegre

Prefeitura cogita pedir ajuda da Força Nacional de Segurança para liberar ônibus em Porto Alegre

Somente ônibus que buscam funcionários de hospitais deixaram a garagem da Carris Foto: Ronaldo Bernardi / Agencia RBS

Se a Brigada Militar não agir para retirar os manifestantes da frente das 14 garagens de ônibus de Porto Alegre, a Prefeitura vai pedir ajuda ao Governo Federal. Na manhã desta sexta-feira, dia 31, o prefeito José Fortunati manifestou sua indignação com os rodoviários pela falta de cumprimento dos acordos feitos na Justiça do Trabalho. Ele informou que vai pedir ajuda da Brigada Militar. Se não for atendido, vai bater à porta da Presidência da República.

- Nada disso adiantando (auxílio da BM e ação judicial) vou apelar para que o Governo Federal mande a Força Nacional (de Segurança) para dar garantias de mobilidade à população de POA – afirmou o prefeito via Twitter.

Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta sexta-feira, o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Capellari, disse estar surpreendido e chocado com a decisão dos rodoviários, que não cumpriram a palavra dos representantes do sindicato da categoria e da comissão de greve, que concordou com a volta de 50% dos ônibus na cidade nesta manhã.

- Na saída do tribunal, convocaram a categoria para desrespeitar a decisão da Justiça. É chocante que pessoas desrespeitem o judiciário – reclamou Capellari.

Ele ainda informou que a Carris estuda a contratação emergencial de trabalhadores e punir quem está desobedecendo a ordem do judiciário, com possibilidade de demissões por justa causa.

- A (Secretaria Estadual da) Segurança Pública não pode ver isso como normal – desabafou o diretor-presidente da EPTC.

A Brigada Militar disse ontem que está garantindo a segurança dos ônibus que estão nas ruas. Mas nessa quinta-feira, dia 30, 22 veículos foram depredados e um incendiado.

O diretor do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, Emerson Dutra, disse que a categoria foi humilhada pela Justiça na reunião de negociação de ontem, pois a comissão não recebeu autorização para apresentar a proposta discutida para os trabalhadores que aguardavam o resultado do encontro na frente do Tribunal Regional do Trabalho da 4a Região (TRT4), em Porto Alegre. Ele ainda afirmou que a categoria vai manter a paralisação

- Se vier a Dilma (Rousseff) pedir para trabalharmos, os trabalhadores vão dizer que não. Os rodoviários querem aumento de salário – informou Emerson, em entrevista ao Gaúcha Atualidade.

Ouça a entrevista do diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari:

Ouça a entrevista do diretor do Sindicato dos Rodoviários, Emerson Dutra:

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