quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Tripulante de avião próximo narra diálogo dramático entre piloto da Lamia e torre de controle

Piloto da aeronave que conduzia a delegação da Chapecoense informou ter "problemas de combustível" antes de declarar "falha elétrica total", segundo relato de funcionário da Avianca

Por: ZH Esportes
30/11/2016 - 07h48min | Atualizada em 30/11/2016 - 09h29min
Tripulante de avião próximo narra diálogo dramático entre piloto da Lamia e torre de controle Bruno Alencastro/Agencia RBS
Destroços da aeronave da LamiaFoto: Bruno Alencastro / Agencia RBS
Um diálogo dramático teria ocorrido entre a tripulação do avião da Lamia que levava a delegação da Chapecoense e a torre de controle do Aeroporto Internacional José María Córdova, nos arredores de Medellín, na Colômbia, segundo relato do tripulante de um voo da companhia Avianca que voava por perto. As informações são da rede Notícias RCN
O tripulante da Avianca contou que o piloto da Lamia alegava dificuldades e pedia para pousar. 
– Solicitamos prioridade para proceder à pista, solicitamos prioridade para proceder ao localizador. Temos problemas de combustível! – informou o piloto. 
A torre respondeu:
– Temos um problema. Um avião está aterrissando de emergência. 
Procedente de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, o piloto repetiu: 
– Temos problemas de combustível!
De acordo com o depoimento do tripulante, foi possível avistar as luzes do avião que levava o time brasileiro, que começava a baixar. O piloto da Lamia declarou estado de emergência, usando o código internacional para descrever situações de extremo perigo iminente:
– MaydayMayday
A torre de controle, conforme o funcionário da Avianca, deu então orientações para o pouso na pista de número um e pediu detalhes sobre o problema.
– Agora temos falha elétrica total, temos falha elétrica total. Orientações para proceder à pista! – respondeu o piloto. – Ajuda! – gritou.
Na cabine da Avianca, fez-se silêncio. A torre de controle passou orientações para a aterrissagem do avião da Lamia. O tripulante da Avianca que testemunhava o desespero do colega perto dali contou que torcia para que o avião conseguisse pousar. "Cheguem, cheguem, cheguem!", pensava ele. 
Os apelos desesperados vindos da cabine da Lamia prosseguiram, até serem subitamente interrompidos:
– Orientações para proceder à pista! Orientações para...
O avião não respondeu mais. Os membros da equipe da Avianca começaram a chorar. 

Mais de 10 jornalistas são enviados para fazer cobertura de acidente aéreo

Profissionais estão em Chapecó e na Colômbia para trazer mais informações sobre queda de avião que vitimou 71 pessoas


REDAÇÃO COLETIVA






Mais de 10 jornalistas de diversos veículos de Porto Alegre foram enviados para Chapecó, em Santa Catarina, e para a Colômbia, para trazer mais informações sobre a queda do avião que levava a equipe do Chapecoense, 21 profissionais de imprensa e demais convidados para a capital colombiana na madrugada desta terça-feira, 29. No acidente, 71 pessoas morreram no acidente, e apenas um jornalista sobreviveu.

Já estão em Chapecó os repórteres Felipe Nabinger, da Rádio Guaíba, junto com o operador técnico Leandro Telles. Pelo Correio do Povo, está Cristiano Munari e o fotógrafo Guilherme Testa. Ainda pelo Grupo Record, o repórter Cristiano Dalcin está em deslocamento para a cidade catarinense para fazer a cobertura da Record TV.

Caco da Motta, Alessandro Di Lorenzo e Mateus Trindade também estão no município para trazer informações aos ouvintes da Band. Pelo Grupo RBS, estão o repórter Eduardo Matos, da Rádio Gaúcha, e o repórter especial de Zero Hora, Rodrigo Lopes, que está na Colômbia.

Companhia aérea dona de avião que caiu na Colômbia tem negócios obscuros na Venezuela

Fundador da LaMia é ex-parlamentar da Venezuela que se tornou lobista de executivo chinês atualmente preso


Felipe Corazza, Luiz Raatz e Roberto Godoy,
O Estado de S.Paulo

Um ex-parlamentar venezuelano está na origem da empresa LaMia, companhia aérea dona do avião que caiu na Colômbia matando parte da equipe da Chapecoense, dirigentes, jornalistas e tripulantes. Ricardo Albacete Vidal é o fundador e proprietário da empresa na Venezuela, tendo transferido as operações para uma subsidiária boliviana em janeiro de 2015.

A LaMia anunciou, em 2010, o início das operações no Estado de Mérida. Criada após um acordo com o governo de Hugo Chávez para impulsionar o setor aéreo do país, a aérea foi registrada como uma companhia de ciência e tecnologia. Com isso, foi beneficiada com a influência do governo para levantar dinheiro junto a um fundo de investimento criado pelo governo chinês para estimular a economia venezuelana.


Foto: Matt Varley/Reuters

Ricardo Albacete Vidal é o fundador e proprietário da empresa na Venezuela


Os voos regulares, no entanto, não decolaram. O governador de Mérida à época, o chavista Marcos Díaz Orellana, deu todo o apoio ao projeto, mas foi apontado por Albacete como responsável pelo atraso nos repasses de investimento público e na burocracia. Em 2013, finalmente, a LaMia leva seus planos para outro Estado venezuelano: Nova Esparta. 

O governador local, general Carlos Mata Figueroa – um dos mais destacados integrantes do então “núcleo duro” do chavismo – abraça o plano, mas a situação de Mérida se repete, o investimento público chega a conta-gotas e a empresa não avança. 

Em janeiro de 2015, Albacete desiste da operação venezuelana, transfere as aeronaves para a Bolívia e cria a LaMia Bolívia, em sociedade com Miguel Quiroga, piloto que já voava como instrutor na escola de aviação Aerodinos e era genro do ex-senador boliviano Roger Pinto Molina. Quiroga, 36 anos, comandava o jato que caiu e não sobreviveu ao acidente.

Ele morava no Brasil com a mulher e os três filhos. Vivia em um distrito da cidade de Epitaciolândia, no Acre, e estava construindo uma casa na cidade. “Ele era louco por aviação; um dos melhores pilotos que conheci”, disse ao Estado o instrutor de pilotagem acrobática Júlio Soares, de Rio Branco.GRANDE SALTO

Da Bolívia, Ricardo Albacete transferiu-se para a Espanha, mantendo as operações da LaMia a cargo de Quiroga. No país europeu, o fundador da companhia passou a fazer lobby para os negócios da China Sonangol, gigante chinesa do setor de petróleo com sede em Angola. Um dos principais executivos da China Sonangol, Xu Jinghua – mais conhecido pelo nome que adotou, Sam Pa –, foi figura-chave na criação da LaMia, segundo o próprio Albacete afirmou em entrevista a uma TV venezuelana.

O vídeo, gravado em 2011, mostra Albacete afirmando que o capital da LaMia Venezuela teve ajuda do empresário chinês. “É uma empresa de todos os cidadãos de Mérida. Eu e minha família temos um capital inicial, com um apoio de um investimento chinês”, afirmou. “É um chinês amigo de muito poder aquisitivo que conheci há alguns anos. Já tive empresas na China. Ele nos apoia um pouco com essa operação. Seu nome é Sam Pa e investe em Angola.”

Albacete afirmou que “um raio provavelmente provocou o acidente” em declarações ao jornal espanhol El Confidencial. Ele disse que sua empresa – LaMia Venezuela – apenas arrendou os aviões à LaMia Bolívia. “Não somos acionistas nem empregados. Deixamos o mesmo nome para não perder a pintura do avião, que arrendamos a eles.”

PRISÃO E DIAMANTES

As operações de Sam Pa à frente de investimentos chineses pelo mundo o levaram a sentar-se à mesa com líderes como o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, e o próprio Hugo Chávez. 

Sam Pa foi alvo, em junho de 2014, de sanções do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos por “prejudicar as instituições democráticas do Zimbábue” e por “participar de tráfico de diamantes”. O chinês ainda foi descrito pela seção de antiterrorismo do Departamento de Tesouro como “partidário do regime de Robert Mugabe”.

Entre outras ações, Sam Pa deu mais de US$ 1 milhão para membros do governo do Zimbábue para apoiar sua agência de inteligência repressão”, diz o governo americano. “Como resultado dessas ações, congelamos todos os bens desse indivíduo dentro das jurisdições dos EUA. Qualquer transação com cidadãos americanos ou entidades do país está proibida.”

As sanções americanas não impediram o chinês de continuar com suas operações em Angola, Zimbábue e tentar comprar um bloco de exploração de petróleo na Galícia – a operação não deu certo, mas, posteriormente, a China Sonangol conseguiu comprar parte de uma empresa concorrente.

A trajetória do executivo chinês, no entanto, foi encerrada abruptamente no dia 8 de outubro de 2015, quando Sam Pa foi detido pelas autoridades chinesas sob a acusação de corrupção na condução dos negócios do China Investment Fund (CIF).

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

RBS vende Diário de Santa Maria


Jornal é assumido por um grupo de empresários locais


 REDAÇÃO COLETIVA



Fundado em junho de 2002, o Diário de Santa Maria não pertence mais ao Grupo RBS. A venda do impresso foi realizada para um grupo de nove empresários da região. A partir de 1º de fevereiro, passam a administrar o jornal os executivos Paulo Ceccim, Carlos Costa Beber, Renor Beltrami, Flavio Jobim, Mauro Della Pasqua, Valnei Beltrame, Jairo Libraga, Giuliano Vendrúsculo e Luiz Fernando Pacheco, sob coordenação jurídica de Marcelo Zampieri e Ricardo Jobim.

Este último nome é também indicado como diretor jurídico no expediente de A Razão, título até então concorrente do Diário de Santa Maria. De acordo com fontes ouvidas por Coletiva.net, o grupo avalia a possibilidade de que os jornais passem por uma fusão, buscando o fortalecimento de uma publicação única no mercado local.

Conforme o Grupo RBS, a decisão de venda parte de uma visão estratégica da operação de jornais, com a finalidade de focar esforços em Zero Hora e Diário Gaúcho, marcas de jornalismo com abrangência estadual. O processo de transição pode durar até 18 meses, com o objetivo de garantir a continuidade das operações.

Atualmente, o DSM circula em 39 cidades gaúchas, em edições de segunda a sexta-feira e conjunta de fim de semana – a circulação do tabloide chega a 17 mil exemplares. Com uma base de 12,9 mil assinantes e 1,9 milhão de acessos mensais no site, o veículo tem foco na comunidade e nas causas da cidade.

O Grupo RBS garante que seguirá “exercendo seu propósito enquanto empresa de comunicação em Santa Maria, a partir de suas operações de rádio e televisão, com as marcas RBS TV, Gaúcha e Atlântida”.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Pacote de Sartori prevê fim de fundações e demissão de servidores


Propostas apresentadas nesta tarde pelo governador precisam passar por aprovação na Assembleia Legislativa

Foto: Lauro Alves /Agencia RBS
O governador José Ivo Sartori antecipou o anúncio e apresentou na tarde desta segunda-feira (21) o pacote de cortes para reduzir o custo da máquina pública no Rio Grande do Sul. Entre as medidas está a extinção de nove fundações, uma autarquia e uma companhia, com demissão de parte dos servidores desses órgãos. Segundo a Rádio Gaúcha apurou, entre 1,1 e 1,2 mil funcionários devem ser desligados.
Além disso, os projetos que serão encaminhados à Assembleia Legislativa preveem a eliminação de remuneração a funcionários cedidos a sindicatos, aumento na contribuição previdenciária e mudanças no duodécimo dos demais poderes. A expectativa é de que a votação no Parlamento ocorra até o fim do ano.
Todas as medidas anunciadas hoje, em entrevista coletiva no Palácio Piratini, precisam de aprovação dos deputados para entrarem em vigor. Segundo o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, o pacote vai garantir equilíbrio das finanças públicas daqui quatro anos.
Chamado de “Novo Estado, Novo Futuro”, o pacote foi apresentado como uma espécie de plano de modernização do Rio Grande do Sul para reverter um cenário classificado pelo Piratini como de “calamidade”. A ideia é reduzir custos com a máquina pública e focar nos serviços essenciais, como saúde, segurança, educação, infraestrutura e assistência social.
Ao citar a premier britânica Margaret Tatcher, Sartori reforçou que as medidas são duras, mas necessárias. "Se ficarmos paralisados por interesses corporativos, pagaremos um preço muito alto adiante", afirmou.
PROPOSTAS DO GOVERNO
Extinção de fundações e demissões:
- Extinção de nove fundações - Ciência e Tecnologia (Cientec), Desenvolvimento e Recursos Humanos (FDRH), Economia e Estatística (FEE), Pesquisa Agropecuária (Fepagro), Piratini (TVE e FM Cultura), Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF), Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps), Zoobotânica (FZB) e Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan).

- Fim da Superintendência de Portos e Hidrovias (absorvida pela Superintendência do Porto de Rio Grande) e da Companhia Riograndense de Artes Gráficas (Corag).
- O pacote prevê a demissão de servidores que trabalham em regime celetista nesses órgãos, além de de cargos de confiança (CC’s). Segundo a Gaúcha apurou, são entre 1,1 e 1,2 mil demissões caso o pacote seja aprovado.
- Hoje as fundações tem uma receita de R$ 47,2 milhões, mas despesas de R$ 177,2 milhões. Segundo o governo, a economia com os cortes será R$ 137 milhões.
Fusão de Secretarias e extinção de órgãos
- Fusão de seis secretarias em três, reduzindo para 16 pastas ao todo: Cultura com Esporte, Turismo e Lazer; Justiça e Direitos Humanos com Trabalho; e Planejamento com Geral de Governo.

Privatização
- Revogação do dispositivo constitucional de plebiscito para privatizar a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), Companhia de Mineração (CRM) e Sulgás.

Folha de pagamento
- Revogação do dispositivo da Constituição estadual que determina pagamento dos salários até o último dia útil de cada mês. A ideia é construir um novo calendário: até o quinto dia útil para quem ganha R$ 1,3 mil; 10º dia útil para salário de até R$ 2,9 mil; até 15º dia útil para salário até R$ 6 mil e demais servidores até o 20º dia útil.

13º salário
- A data limite para depósito do 13º salário, 20 de dezembro, não seria mais obrigatória.

Brigada Militar
- Aumentar a permanência de policiais na ativa, com redução dos benefícios que estimulam a aposentadoria.

- Redução das cedências de brigadianos para funções administrativas.
Previdência
- Aumento da contribuição previdenciária dos atuais 13,25% para 14% aos servidores de todos os poderes.

Remuneração acima do teto
- Remunerações dos servidores (incluindo salário e aposentadoria, por exemplo) não poderão extrapolar o teto constitucional.

Fim da licença-prêmio
- Transformar a licença, com afastamento dos servidores da função, por licença capacitação/qualificação. O projeto já tramita na Assembleia e deve entrar em regime de urgência.

Sindicatos
- Eliminação da remuneração paga pelo Estado aos servidores cedidos para atuação em entidades de classe. Na prática hoje alguns funcionários acumulam benefícios pagos pelo governo e pelos sindicatos.

- Atualmente são 317 servidores cedidos, ao custo mensal de R$ 2,9 milhões.
ICMS
- Antecipação do calendário de recolhimento do imposto do dia 21 para o dia 12 de cada mês, permitindo ingresso mais cedo dos recursos no caixa do Tesouro.

Duodécimo
- Mudança na fórmula de cálculo do duodécimo de Judiciário, Legislativo, Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria, que passam a receber cota a partir da receita real arrecadada mensalmente e não mais o valor nominal previsto no orçamento.

Fim de benefícios sem previsão legal
- Proibição de pagamentos de benefícios (como auxílio moradia e vale-alimentação) a servidores sem que haja envio de projeto de lei à Assembleia Legislativa. A medida visa dificultar a criação de novos benefícios sem aprovação dos deputados.

Revisão de benefícios fiscais
- Limitar os benefícios fiscais concedidos a empresas.


GAÚCHA

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

MP de Canindé denuncia secretário de turismo pela morte de Montagner


Ator foi arrastado pela correnteza do Rio São Francisco. 
Denúncia é por 'conduta delituosa exposta' por falta de placa de sinalização.

Do G1 Sergipe
Última cena de Domingos Montagner (Foto: Reprodução)Ator Domingos Montagner em cena na última novela da qual participou (Foto: Reprodução)
O secretário de Turismo de Canindé (SE), José Dimas dos Santos Roque (Dimas Roque), foi denunciado pela morte do ator Domingos Montagner, ocorrida no dia 15 de setembro após o artista ser arrastado pela correnteza do Rio São Francisco.

O promotor estadual de Justiça do município Emerson Oliveira Andrade denunciou o secretário por conduta delituosa exposta devido à retirada de placas que informavam à população que a área não era adequada ao banho e que oferecia perigo em razão da correnteza e de redemoinhos no local.

O Secretário de Turismo Dimas Roque disse que até o momento não foi intimado.
A equipe do G1 procurou o promotor Emerson Oliveira, mas ele não atendeu as ligações. Já assessoria do MP diz que só vai se pronunciar após conversar com ele.

Como foi o acidente
Montagner morreu na tarde do dia 15 de setembro após desaparecer nas águas do Rio São Francisco, onde foi arrastado pela correnteza. O ator tinha 54 anos e interpretava o personagem Santo na novela "Velho Chico", da TV Globo.

Ele havia gravado cenas da novela na parte da manhã. Após o término da gravação, almoçou e, em seguida, foi tomar um banho de rio, acompanhado da atriz Camila Pitanga. Durante o mergulho, não voltou à superfície. Camila avisou a produção, que iniciou imediatamente a procura pelo ator.

A atriz descreveu o acidente para a polícia. Segundo ela, os dois foram até uma pedra e mergulharam no rio. Depois, ela notou que havia muita correnteza e avisou Domingos. Eles nadaram de volta para a pedra, Camila chegou primeiro e tentou duas vezes segurar na mão do ator. Mas a correnteza o arrastou.

Segundo o delegado de Canindé do São Francisco, Antônio Francisco Filho, os atores queriam mergulhar em um local mais tranquilo. “Eles acharam que era seguro, mas, na verdade, era um dos mais perigosos para o banho. Esta é uma parte do rio em Canindé que não é comum ser utilizada pelos banhistas”, afirmou.

O corpo foi encontrado a 18 metros de profundidade e a 320 metros da margem do rio. E segundo o Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte foi asfixia mecânica provocada por afogamento.

BB anuncia fechamento de 402 agências e plano para aposentar 18 mil funcionários


Banco pretende economizar R$ 2,7 bilhões com reestruturação que ainda prevê redução de carga horária

Banco pretende economizar R$ 2,7 bilhões com reestruturação que ainda prevê redução de carga horária | Foto: Bernardo Bercht / Especial CP



O Banco do Brasil (BB) vai anunciar, em coletiva de imprensa, nesta segunda-feira, um plano de reestruturação da instituição que reduzirá o número de agências e oferecerá um plano de aposentadoria incentivada para até 18 mil funcionários. Estimativas da Agência Estado apontam uma economia de R$ 2,7 bilhões em 2017 somando a redução da estrutura física, corporativa e de pessoal, no caso de a adesão ao incentivo da aposentadoria antecipada chegar a 10 mil funcionários.

Segundo comunicado ao mercado divulgado no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o BB fechará 402 agências em todo o país e transformará outras 379 em postos de atendimento ao longo do próximo ano. A economia anual com o enxugamento da estrutura é estimada pelo BB em R$ 750 milhões, sendo R$ 450 milhões da nova estrutura organizacional e R$ 300 milhões de redução de gastos com transporte de valores, segurança, locação e condomínios, manutenção de imóveis, entre outras despesas. Atualmente, o BB conta com 5.430 agências e 1.791 postos de atendimento.

O banco também fechará 28 superintendências regionais de varejo e três de governo de um total de 140. Em comunicado ao mercado, o BB informou que haverá revisão e redimensionamento da estrutura organizacional em todos os níveis: direção geral, superintendências, órgãos regionais e agências.

Em relação às agências, o BB afirmou que a rede "será reorganizada de forma a adequar-se ao novo perfil e comportamento dos clientes, com o aproveitamento de sinergias, a otimização de estruturas e a ampliação de serviços digitais, sem comprometer a presença do BB nos municípios em que atua". Serão criados 34 escritórios digitais e ampliados os 12 que já existem. Além disso, o BB disse que não vai fechar agências em municípios onde só o banco atua.

Aos funcionários, o banco oferecerá um plano de incentivos para até 18 mil empregados aposentarem-se antecipadamente. Os servidores que aderirem ao plano receberão 12 salários mais indenização pelo tempo de serviço, que vai de um a três salários. Além disso, o BB ainda ampliará o número de funcionários com jornada de seis horas de trabalho. A expectativa é que seis mil funcionários gradativamente troquem a jornada de oito para a de seis horas. Após essa mudança, somente os cargos gerenciais ficarão com jornada de oito horas.

O BB conta atualmente com 109.159 funcionários. Tanto o plano de aposentadoria como a redução de jornada são voluntários.

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Garotinho é transferido à força de hospital para Bangu


Sua mulher, Rosinha, e sua filha, Clarissa, choraram e protestaram contra a ordem judicial
Por Da redação



O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, é transferido do hospital municipal Souza Aguiar para o presidio em Bangu (Alexandre Cassiano/Agência o Globo)
Preso na manhã de quarta-feira, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) foi transferido na noite desta quinta-feira, 17, do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, para o presídio Frederico Marques, no complexo penitenciário de Bangu, na Zona Oeste. A ordem de transferência foi do juiz Glaucenir Silva de Oliveira, da 100.º Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, que já havia emitido a ordem de prisão preventiva (sem data para terminar) contra o ex-governador, acusado de compra de votos. As informações são do site do jornal O Estado de S.Paulo.

Cármen Lúcia faz visita surpresa ao Presídio Central de Porto Alegre

Presidente do STF fiscaliza condições dos mais de 4,6 mil presos


Cármen Lúcia faz visita surpresa ao Presídio Central de Porto Alegre | Foto: Nelson Júnior / STF / Divulgação / CP

Correio do Povo

* Com informações do Conselho Nacional de Justiça

A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, realiza nesta sexta-feira uma visita surpresa ao Presídio Central de Porto Alegre. O objetivo é fiscalizar as condições atuais de custódia dos 4.683 presos recolhidos num local projetado para abrigar no máximo 1.905 pessoas.

Esta é a terceira visita de inspeção do sistema penitenciário realizada por Cármen Lúcia que pretende percorrer todos os estados brasileiros. Depois do Presídio Central, a ministra vai visitar ainda hoje o Presídio Feminino Madre Pelletier, na Capital. A maratona começou pelo Rio Grande do Norte, em 21 de outubro, onde a ministra visitou presídios em Mossoró e Natal. Depois, no dia 5 passado, Cármen Lúcia visitou o complexo penal da Papuda, no Distrito Federal.

Após um encontro com juízes no Fórum Central de Porto Alegre, a ministra Cármen Lúcia fará uma audiência pública para ouvir críticas e sugestões da sociedade organizada, num encontro que terá a participação de entidades ligadas aos direitos humanos – Pastoral Carcerária, Conselho Estadual de Direitos Humanos, Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho da Comunidade de Porto Alegre, Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC),Themis (Gênero, Justiça e Direitos Humanos) e Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH).

A ministra convidou ainda, para a audiência, representantes do Tribunal de Justiça do Estado, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público, Conselho Penitenciário Estadual e Defensoria Pública-Geral do Estado. A audiência pública, marcada para começar às 13h30min, deverá ser realizada no auditório do fórum.

Empresa que traz Tesla ao Brasil sonha com carro elétrico nacional

Versão mais potente do Model S chega por R$ 1,2 milhão.
Elektra quer vender energia 'limpa' e fazer carro 'verde' no Brasil

Peter Fussy
Do G1, em São Paulo
O Tesla S 70D é exposto no Espaço dos Sonhos do Salão do Automóvel de São Paulo 2016 (Foto: Flavio Moraes/G1)Tesla Model S 70D é exposto no Espaço dos Sonhos do Salão do Automóvel (Foto: Flavio Moraes/G1)
Tesla é ainda uma pequena fabricante de veículos elétricos dos Estados Unidos, mas se tornou um objeto de desejo, um exemplo e uma ameaça para grandes fabricantes. E agora os brasileiros também podem ter um dos seus modelos com tração elétrica e aceleração de fazer inveja a Ferrari.
A Elektra Motors começou a importar o Model S por meio de uma parceria, já que a Tesla não tem concessionárias e controla diretamente as vendas, com lojas próprias e pela internet. A versão 70D, exposta no Salão do Automóvel de São Paulo, custa R$ 785 mil.
Segundo o CEO da empresa, Luciano di Claro, um deles já foi vendido e uma versão mais potente está a caminho do Brasil.
Model S P100D é atualmente o sedã mais esportivo da Tesla, com autonomia de mais de 600 quilômetros e aceleração de 0 a 96,5 km/h (60 mi/h) em apenas 2,5 segundos.
O desempenho coloca o carro elétrico lado a lado com o novíssimo Bugatti Chiron. Nos EUA, o P100D custa US$ 134 mil (cerca de R$ 458 mil), mas no Brasil não sairá por menos de R$ 1,2 milhão.
De acordo com Di Claro, o P100D vem por encomenda e nem irá para a recém-aberta loja da Elektra Motors na Av. Europa, em São Paulo - reduto das principais marcas de carros de luxo na cidade.
Em dezembro, a "boutique" deve contar com um Model X, o SUV da Tesla, com portas que abrem para cima. O preço estimado deve ficar entre R$ 850 mil e R$ 900 mil, segundo a gerente de vendas Monique Angeli.
Di Claro acredita que o modelo mais acessível da Tesla, o Model 3, poderá ser vendido no Brasil por menos de R$ 200 mil. Ele começará a ser produzido em 2017 e custará cerca de US$ 30 mil (R$ 102 mil) nos EUA.
No lançamento em março deste ano, Elon Musk, CEO da Tesla, afirmou que o modelo será vendido no Brasil pela própria fabricante.
O Tesla S 70D é exposto no Espaço dos Sonhos do Salão do Automóvel de São Paulo 2016 (Foto: Flavio Moraes/G1)Tesla Model S 70D é exposto no Espaço dos Sonhos do Salão do Automóvel (Foto: Flavio Moraes/G1)
Vai sozinho
Os veículos importados ao Brasil contam com a tecnologia semiautônoma de condução, que foi alvo de críticas e polêmica nos últimos meses, depois de um acidente que matou um motorista nos EUA, em maio.

Em outubro, a Tesla anunciou uma atualização do sistema, que não exige atuação do motorista para andar, baseando-se nas informações de câmeras, radares e sensores ultrasônicos.
Elétrico brasileiro?
Já antecipando a possível chegada oficial da Tesla ao país, Di Claro afirma que a Elektra não é apenas uma importadora de carros. No EUA, onde não pode vender os veículos elétricos, ele atua com uma locadora e revendedora de carros "exóticos".

No entanto, Di Claro define a Elektra como um grupo de energia sustentável, com objetivo de ampliar o uso de painéis solares e geradores eólicos no Brasil. Ele também afirma que a empresa tem a patente para um sistema de transmissão de energia por fio único, que reduziria as perdas.
Com a ampliação de tecnologias alternativas e "limpas" de produção e ditribuição de energia, o Brasil poderá ser um promissor mercado de carros elétricos, segundo o executivo, que passou por grandes bancos de investimento como UBS e Wells Fargo, antes de se tornar CEO da Elektra.
"Queremos produzir carros elétricos no Brasil. Já temos fornecedores em diversas partes do mundo, inclusive as baterias seriam as mesmas do Tesla. Também temos estudos de design. Não deve demorar muito", afirmou.
Interior de um Tesla Model S no modo Autopilot (Foto: REUTERS/Alexandria Sage)Interior de um Tesla Model S no modo Autopilot (Foto: REUTERS/Alexandria Sage